Quarta-feira, 18 Dezembro, 2024
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REASSENTADAS EM BOANE: Famílias lutam para se reerguer

Por Jornal Notícias
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FARCELINA CUMBE

REASSENTADAS no bairro Filipe Samuel Magaia, município de Boane, a vida das vítimas de inundações tende a melhorar, dia após dia. Se, por um lado, procuram transformar as suas habitações, por outro, verifica-se o provimento paulatino de serviços sociais como o abastecimento de água e electricidade.

Algumas das cerca de 300 famílias ali acolhidas têm habitações construídas na base de chapas de zinco, caniço e lonas em substituição das tendas montadas pelo Governo, em resposta à emergência, face às inundações.

A canalização de água e a montagem em curso de postes de energia constituem outro indicativo de um bairro que, aos poucos, se vai transformando de paisagem natural para humanizada.
As famílias fazem parte dos cerca de 13 mil agregados afectados pelas inundações ano passado. Algumas foram reassentadas em Março do ano em curso, no âmbito da resposta às cheias e provimento de espaços seguros para habitação.

Passam sensivelmente dois anos após o reassentamento dos primeiros 49 agregados. Neste contexto, o “Notícias” visitou o bairro Filipe Samuel Magaia, situado a cerca de cinco quilómetros da vila-sede de Boane, para compreender como tem sido o dia-a-dia dos moradores.

Os residentes sentem-se num espaço resiliente às mudanças climáticas, mas queixam-se da falta de alguns serviços sociais. Por isso, o estabelecimento paulatino de infra-estruturas básicas renova a sua esperança por dias melhores.
O principal desafio enfrentado pela comunidade é o facto de o bairro encontrar-se distante da cidade, condicionando, deste modo, o alcance de vários postos de trabalho. Por isso, a maioria dedica-se à limpeza de terrenos alheios como forma de ganhar algum rendimento para sustentar as famílias.

Com água canalizada em algumas residências e construção de um fontanário, os moradores almejam ter escolas, hospitais e mercados, este último considerado impulsionador de emprego.

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