FINANCIADOS PELA CHINA: Moçambique é elegível ao fundo de aviso prévio

O PAÍS poderá beneficiar, nos próximos anos, de fundos provenientes da República Popular da China para materializar o seu Roteiro Nacional sobre Sistemas de Aviso Prévio, lançado em Agosto pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.

A informação foi avançada ontem pelo director-geral do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), Adérito Aramuge, que integra a delegação moçambicana na Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), que decorre em Baku, Azerbaijão, até sexta-feira.

Segundo Adérito Aramuge, a janela de financiamento surge na sequência do lançamento pela China, à margem da COP29, do Plano Estratégico de Aviso Prévio para Todos 2025-2027, que prevê na sua abordagem apoiar os países em desenvolvimento para a materialização dos seus roteiros nacionais.

Moçambique está na lista dos 30 países elegíveis para acederem aos fundos ligados aos sistemas de aviso prévio. “O passo a seguir face ao lançamento deste plano é Moçambique, através do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), aproximar-se à China e colher detalhes sobre como deve proceder para aceder e beneficiar de alguma ajuda no quadro das actividades já delineadas”, explicou.

“Aviso prévio para todos” prevê que todos os países a nível mundial tenham sistemas estabelecidos. Moçambique já elaborou o seu roteiro estimado em pouco mais de 70 milhões de dólares e envolve o INAM, Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Cruz Vermelha de Moçambique (CVM) e o Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), entidades cujo impacto das intervenções depende da sua capacidade de prever a ocorrência de fenómenos naturais.

O dirigente falou igualmente do lançamento, pelo Banco Africano de Desenvolvimento, do pacote de financiamento de projectos de estabelecimento de sistemas de aviso prévio em países em desenvolvimento, no valor de 400 milhões de dólares americanos.

Para o país aceder a uma parcela desta doação, deverá elaborar e submeter até Fevereiro um projecto com orçamento que varia entre 200 mil e 1,3 milhão de dólares.

Se a candidatura for aprovada pelo júri que vai avaliar as propostas, estarão criadas as condições para a realização de parte das actividades que constam no roteiro nacional.

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