Quinta-feira, 21 Novembro, 2024
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Conflito na RDCongo domina Cimeira Extraordinária da SADC

Por Manuel Mucári
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Manuel Mucari, em Harare

A Avaliação da instabilidade político-militar no leste da República Democrática do Congo (RDCongo) vai dominar a Cimeira Extraordinária da SADC que decorre hoje, em Harare, com a participação do Presidente da República, Filipe Nyusi.
Segundo o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves, este encontro extraordinário tem como objectivo fundamental “fazer a avaliação da instabilidade na RDCongo, em particular a situação político-militar na parte leste daquele país”.
Em Maio de 2023 a cimeira extraordinária da SADC, que se realizou na Namíbia, decidiu mandar uma missão militar aquele país, a SAMIM para a RDCongo, tendo esta começado a operar em Dezembro por um ano, portanto, estando prestes a terminar no próximo mês.
“Significa que esta missão vai terminar em Dezembro deste ano, por causa disso mesmo está-se a realizar esta cimeira extraordinária para avaliar o trabalho realizado até agora e tomar uma decisão sobre se vai ser renovada ou vai ser terminada”, indicou Gonçalves.
A situação naquele país da SADC é tão precária devido as acções de grupos armados, especialmente o M-23, que já afugentaram milhões de congoleses e provocaram a morte de milhares de habitantes.
Para pôr cobro a esta situação, sob os auspícios da República de Angola, foi assinado um acordo de cessar-fogo entre o Kinshasa e Kigali (este alegado patrocinador do M23), mas que tem sido sistematicamente violado por ambos beligerantes.
Sobre as violações do armistício, Manuel Gonçalves, optou por não dizer que o acordo não está a ser respeitado porque este entendimento que se alcançou entre RDCongo e o Ruanda, no chamado processo de Luanda não será objecto de análise na cimeira.
Segundo o governante, será matéria de análise o processo da SADC, mormente a actuação da missão militar regional para se decidir pelo prolongamento ou não da mesma.
“Só o processo da SADC é que vai estar em análise. O trabalho está em curso e é por isso que os Chefes de Estado e de Governo estão a reunir-se para fazer o ponto de situação político militar naquele país “, vincou o dirigente moçambicano.
Entretanto, a missão na RDCongo tem-se debatido com escassez de fundos para levar a bom porto as suas actividades, embora desde o início da operação se tenha decidido que os estados membros devem contribuir o que está a ser feito com mais ou menos dificuldade.
Também decidiu-se mobilizar apoio de outros parceiros, que estão a contribuir, o que fica patente pelo facto de a SAMIM estar a desempenhar o seu papel até agora.

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