Quinta-feira, 21 Novembro, 2024
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DEVIDO ÀS MANIFESTAÇÕES: Perto de 13 mil alunos perderam testes finais

Por Jornal Notícias
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DOZE mil e oitocentos e noventa e um alunos não efectuaram os testes finais do terceiro trimestre na província de Nampula, devido às manifestações que decorrem há cerca de um mês no país.

Segundo o porta-voz da Direcção Provincial de Educação, Faruk Carimo, até a semana passada decorriam em todas as escolas os testes de recuperação para os alunos que, por qualquer motivo, incluindo as manifestações, não conseguiram realizá-los. A fonte acredita que as manifestações não condicionarão o arranque dos exames finais previsto para a próxima terça-feira, 26 de Novembro.

Entretanto, a nossa Reportagem recebeu uma denúncia dando conta que a Escola Secundária de Namicopo, situada nos arredores da cidade de Nampula, está a cobrar aos alunos com exames o pagamento da taxa de guarda como condição para realizá-los. Contactado telefonicamente o director daquele estabelecimento de ensino, Cassimo Ali Natunga, disse tratar-se de informações falsas.

“Não cobramos nenhum valor de guarda na inscrição para os exames. O valor da inscrição para os exames é de 30 meticais para a 10.ª classe e 50 para a 12.ª classe e é para todas as disciplinas. A escola nunca cobrou acima do valor estipulado no regulamento escolar”, explicou.

Natunga disse, no entanto, que alguns alunos que serão submetidos aos exames não têm declarações das classes anteriores e, por este motivo, a escola vem cobrando valores para a sua emissão.

Segundo afirmou, os alunos da 10.ª classe, por exemplo, não podem realizar os exames sem apresentarem as declarações de passagem da 8.ª e 9.ª classes.

O director desmentiu ainda informações sobre a desistência de mais de 500 alunos este ano, por alegadas cobranças constantes feitas pela direcção da escola. Sobre a situação, Faruk Carimo disse ter tomado conhecimento da denúncia e garantiu que já foi destacada uma equipa de trabalho, cuja missão é apurar a veracidade das alegações.

Denúncias semelhantes chegam da Escola Secundária da Barragem, também na cidade de Nampula, onde alunos, pais e encarregados de educação alegam que a direcção daquele estabelecimento de ensino está a exigir que cada aluno contribua com dois blocos de cimento como condição para a realização dos exames e acesso aos resultados finais, para as classes sem exames. Os dois blocos de cimento destinam-se, supostamente, à construção de mais salas de aula.

Não foi possível ouvir a versão da direcção da escola, por indisponibilidade dos seus responsáveis.

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