Domingo, 22 Dezembro, 2024
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CRISE PÓS-ELEITORAL: SADC encoraja solução pacífica

Por Jornal Notícias
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MANUEL MUCARI, em Harare

A COMUNIDADE de Desenvolvimento da África Austral (SADC) encorajou ontem Moçambique a empenhar-se na busca, o mais rápido possível, de uma solução pacífica para pôr fim a manifestações violentas no país.

Segundo o Presidente da República, Filipe Nyusi, que falava à imprensa nacional, em Harare, no fim da Cimeira Extraordinária da SADC, a organização regional “nos encorajou porque reconhece que Moçambique tem esta postura de procurar soluções para os problemas que o afectam de forma pacífica, através do diálogo”.

Afirmou que o bloco lamenta as mortes, destruição de património e o bloqueio da circulação nos corredores internacionais operados pelo país.

“A SADC coloca-se na disponibilidade de, juntamente connosco, ver qual é a contribuição que pode dar, mas apela que Moçambique consiga, o mais rápido possível, colocar fim a esta situação” .

Nyusi informou aos líderes da SADC que existem iniciativas em curso no país tendentes a acabar com as manifestações de contestação dos resultados eleitorais, entre as quais o convite aos quatro candidatos presidenciais ao diálogo para resolver o problema eleitoral.

Disse ter deixado claro que Moçambique não irá permitir que pessoas de fora controlem as suas decisões pois o futuro do país  será moldado pelos próprios cidadãos.

“Por isso, pedimos aos nossos amigos a não incentivarem a intolerância e o ódio entre os moçambicanos. Informamos que continuaremos abertos aos caminhos do diálogo com toda a sociedade como tem sido a nossa tradição na busca de uma solução harmoniosa e duradoira que nos ajude a resgatar a esperança e confiança neste país”, afirmou.

Acrescentou que para tal “convidei os quatro candidatos para juntos encontrarmos consensos porque a nossa intenção é normalizar a situação”.

Perante o cenário que se vive no país indicou que a reacção da sadc foi um sentimento de desagrado porque o país realiza ciclicamente eleições livres, transparentes e justas.

Referiu que o Governo reconhece gritos legítimos dos jovens para a melhoria das condições de vida, alargando oportunidades para se explorar caminhos que facilitem ou concorram para mais emprego.

Fez menção que a solução destes problemas reside na convivência pacífica entre os moçambicanos e disse, ao bloco regional, que “juntos devemos identificar o que precisamos mudar por forma a sairmos da situação de violência que está a regredir a economia”.

Entretanto, a cimeira tinha como ponto de agenda a situação político-milittar no leste da RD Congo. Sobre este conflito, a SADC decidiu prorrogar por mais 12 meses a missão de estabilização que deveria terminar em Dezembro.

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