Quinta-feira, 26 Dezembro, 2024
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Morrem 300 bebés prematuros no HCN

Por Jornal Notícias
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DUZENTOS e noventa bebés que nasceram prematuramente e que deram entrada no Berçário do Hospital Central de Nampula (HCN) perderam a vida de Janeiro a Setembro do ano em curso.

A chegada tardia das mães às consultas pré-natais, aliada às doenças congénitas, são apontadas pelo pediatra do HCN Carlos Lino como sendo as principais causas das mortes das crianças nascidas prematuramente.

Afirma que a demora na ida às consultas dificulta a detecção de anomalias, como as más formações, implantações inadequadas da placenta, infecções, entre outras que podem ser evitadas e corrigidas ainda cedo para que a mulher tenha uma gravidez saudável.

Como forma de mudar este quadro, considerado preocupante, a fonte defendeu a necessidade de se reforçarem palestras as comunidades, nas escolas e em locais de grandes aglomerações sobre a prevenção e adesão às consultas pré-natais, bem como apostar na realização de partos seguros nas unidades sanitárias, direccionadas, sobretudo, nas zonas rurais, de modo a reduzir os casos.

“Recomendo a sociedade para a adesão às consultas pré-natais mais cedo, de modo a receber cuidados que podem evitar algumas complicações durante a gravidez. É preciso apostar em partos dentro das unidades sanitárias, porque facilitam os cuidados rápidos, e evita óbitos. Logo que a mulher se aperceba que está grávida, deve aproximar-se aos serviços de saúde para iniciar o seguimento pré-natal”, disse.

Considera-se parto prematuro toda a criança que nasce antes das 37 semanas de gestação, contando a partir do último dia do período menstrual. 

Carlos Lino desmentiu os mitos que dão conta que a criança que nasce prematura tem um atraso de desenvolvimento, referindo a exemplos de muitas que vencem o momento crítico e em alguns casos mais do que os nascidos no tempo considerado ideal.

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