Quinta-feira, 26 Dezembro, 2024
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ÉPOCA CHUVOSA 2024-2025: Plano de contingência tem défice de nove mil milhões

Por Jornal Notícias
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O Instituto Nacional de Gestão e Redução de Riscos de Desastres (INGD) está com um défice de nove mil milhões de meticais dos 11 mil milhões necessários para responder a eventuais situações de ocorrência de cheias, inundações e ciclones na presente época chuvosa 2024-2025.

A informação foi partilhada ontem, em Maputo, pela presidente do INGD, Luísa Meque, durante o Conselho Coordenador de Gestão de Risco de Desastres, orientado pelo Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, no qual foi apresentado o plano de contingência para a presente época chuvosa.

Na ocasião, Meque referiu que a instituição dispõe de apenas dois mil milhões de meticais, sendo que o défice pode ser suprido através de apoios de parceiros e pessoas de boa-fé.

Explicou, ainda, que os nove mil milhões podem ser colmatados também mediante contribuições, não só em dinheiro, como também em espécie e prestação de serviços.

A presidente do INGD referiu, igualmente, que o plano de contingência foi aprovado com base nos planos distritais e provinciais que mais tarde foram centralmente harmonizados.

Assim, tal como indicou, depois da sua apresentação ao Conselho Coordenador de Gestão de Risco de Desastres, o documento será apreciado e aprovado hoje pelo Conselho de Ministros.

Para a presente época chuvosa espera-se que pelo menos 3,5 milhões de pessoas sejam afectadas por eventos climáticos extremos, das quais 300 mil vão necessitar de assistência.

Para além disso, cerca de 400 mil hectares de culturas diversas podem ser afectadas, olhando para toda a área potencialmente agrícola. Contabilizam-se, ainda, 400 mil escolas em risco e 500 unidades sanitárias.

No que tange à gestão de água, Luísa Meque esclareceu que as barragens dos países a montante, sobretudo África do Sul e Eswatini, com quem  Moçambique partilha as bacias de Maputo, Umbelúzi, Incomáti e Limpopo estão com níveis de armazenamento alto estando a efectuar descargas, o que pressupõe risco moderado de cheias.

Há também riscos de inundações nas cidades de Maputo, Matola, Beira e Quelimane, apelando-se à preparação de condições de abrigo temporário e limpeza das valas de drenagens.

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