Quarta-feira, 27 Novembro, 2024
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Quando o comboio é opção segura e barata

Por Jornal Notícias
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VIAJAR é coleccionar momentos. É aventurar, sair da zona de conforto e abraçar, quase sempre, o desconhecido. Viajar de comboio é, por si só, uma aventura e momento único… mesmo quando o “cavalo de ferro” é o nosso meio de transporte regular.

E é vê-los, às centenas, nos dias em que o comboio abandona a Estação dos Caminhos de Ferro da cidade da Beira, acotovelando-se, carregando cestos, embrulhos e mesmo caixas, mas quase sempre sorrindo, que vão adentrando nas carruagens.

Os destinos são vários, passando por muitos apeadeiros, assim como as motivações; junta-os a necessidade de sair de um ponto para outro. De um lugar para outro. E o transporte ferroviário é um elemento de suma importante, porque para certo tipo de carga é o mais eficiente do que o transporte rodoviário e isso faz com que seja bastante concorrido.

Por isso a procura do transporte ferroviário de passageiros tende a crescer nos últimos tempos, daí que os Caminhos de Ferro de Moçambique têm vindo a envidar esforços tendentes a dar resposta a esta procura, contribuindo para minorar a angústia e o sofrimento de milhares de cidadãos que procuram aqueles serviços.

A circulação do comboio de passageiros e mercadorias na linha-férrea Beira-Moatize, por exemplo, é de tamanha importância; muitas pessoas optam por aqueles serviços, mesmo sabendo que levarão mais tempo para chegar ao destino.

Com uma extensão total de 574 quilómetros entre a vila carbonífera em Tete e o Porto da Beira, o comboio que normalmente faz essa rota é bastante concorrido.

A nossa equipa de Reportagem fez-se presente na Estação Ferroviária dos Caminhos de Ferro de Moçambique e conversou com vários passageiros que mostraram enorme satisfação de viajar de comboio por causa do factor segurança.

Vitorina Jaime, uma das passageiras que aceitou falar ao nosso Jornal, e que viajava para Sena, afirmou que o comboio é mais tranquilo quando comparado com deslocações de autocarro. “Nem sempre vou de comboio, mas com a situação actual do país prefiro andar de comboio porque é seguro. Embora a viagem chegue a ser de quase 24 horas, prefiro mesmo assim ir de comboio. Tenho certeza de que chegarei ao meu destino”, disse.

Fora a segurança, Vitorina destaca o valor da passagem é mais barata que a do transporte rodoviário, o que faz com que opte quase sempre pelo comboio.

Por sua vez, Biuti Rocha, que viajava para Mutarara, contou que não era a primeira vez que tomava um comboio. A opção também está ligada à segurança e economia. “Viajar de comboio é bom, atendendo e considerando que estamos a viver muita agitação por causa das manifestações que têm acontecido. Até Mutarara estamos a falar de no máximo dez horas e chegarei relaxada, diferentemente da viajar de carro”, referiu.

Acrescentou que, com os problemas na Estrada Nacional Número Um, sobretudo no troço Gorongosa-Caia, implica a opção mais acertada mesmo é apanhar o comboio, para evitar sofrer em demasia.

Por seu turno, Fernando Fernando, outro passageiro que viajava para o distrito de Caia, disse que era a sua primeira viagem de comboio e a expectativa era enorme. “Estou ansioso e feliz por subir um comboio pela primeira vez; acredito que a viagem será tranquila e chegarei com segurança ao meu destino. A estrada não está tão boa e achei melhor apanhar o comboio ao em vez de transportes rodoviários”, disse.

Fernando acrescentou que das consultas feitas a outros viajantes chegou à conclusão de que o melhor mesmo é optar pelo comboio até Caia e depois apanhar o autocarro para Quelimane, seu destino final, por ser a opção mais segura e económica na actualidade.

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