Quarta-feira, 4 Dezembro, 2024
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Angolanos pedem medidas sustentáveis contra fome

Por Jornal Notícias
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A FRENTE Patriótica Unida (FPU), coligação de partidos da oposição angolana, disse que o problema da fome em Angola é grave e não deve deixar ninguém sossegado, considerando que o país precisa de medidas efectivas e sustentáveis para o seu combate.

Segundo o secretário-geral da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Álvaro Chikwamanga, que presidiu na quarta-feira a conferência de imprensa da FPU, a fome em Angola “é um facto, ela é real e não relativa, como se tem dito nas vozes oficiais”.

Para o político da UNITA, maior partido na oposição angolana, as medidas devem incidir em “fortes investimentos” em infra-estruturas que “estimulem a produção e encorajem o investimento”.

Chikwamanga, que fazia o balanço da manifestação de sábado passado em Luanda, promovida pela FPU, plataforma da oposição que congrega a UNITA, Bloco Democrático (BD) e PRA JA Servir Angola, recordou que milhares de pessoas saíram à rua “por uma Angola livre da fome, da pobreza e da violação sistemática do estado democrático de direito”.

A marcha foi motivada pelo “problema gritante da fome que afecta perto de nove milhões de angolanos, fenómeno verificável um pouco por todo o país e não apenas na capital Luanda”, pela “pobreza que cresce todos os dias e afecta cerca de 17 milhões de angolanos” e pelo alto custo de vida, afirmou.

Os protestos resultam, também, da violação dos direitos humanos, das liberdades fundamentais dos cidadãos, da existência de “presos políticos nas cadeias de Angola, do desrespeito à vontade popular expressa nas urnas e a não-realização das eleições autárquicas”, acrescentou.

A marcha juntou políticos, activistas e membros da sociedade civil e percorreu Luanda sem quaisquer incidentes. Teve participação “activa, voluntária e entusiasmada” dos cidadãos, sobretudo jovens que respeitaram as instituições republicanas, frisou.

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