Terça-feira, 7 Janeiro, 2025
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Economia mantém tendência de um crescimento moderado

Por Jornal Notícias
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O PAÍS continuará a registar um crescimento económico moderado, tendo o Produto Interno Bruto (PIB) evoluído em 3,7 por cento até ao terceiro trimestre deste ano. De acordo com o governador do Banco de Moçambique (BdM), Rogério Zandamela, a tendência de crescimento do PIB deverá manter-se, apesar da prevalência de incertezas quanto ao impacto da tensão pós-eleitoral e dos choques climáticos na produção agrícola e nas infra-estruturas públicas e privadas.

Esta posição foi assumida depois de o Ministério da Economia e Finanças ter avançado, através do relatório sobre riscos fiscais para 2025, que a economia continua a ser ameaçada por vulnerabilidades internas e externas, como a prevalência da insegurança no país, mudanças climáticas, oscilações dos preços internacionais das “commodities”, alterações do panorama económico mundial, conflitos geopolíticos e pandemias.

Refira-se que, no ano transacto, o país alcançou um crescimento económico de cinco por cento, prevendo-se que, no corrente ano, o desempenho seja de 5,5 por cento. Mas, para além das perspectivas de crescimento económico, o governador do Banco Central admitiu que a pressão sobre o endividamento público interno mantém-se elevada. “A dívida pública interna, excluindo os contratos de mútuo e de locação e as responsabilidades em mora, situa-se em 408,1 mil milhões de meticais, o que representa um aumento de 95,7 mil milhões em relação a Dezembro de 2023”, disse Rogério Zandamela após a realização, na quarta-feira, em Maputo, de mais uma sessão do Comité de Política Monetária.

De igual modo, referiu que as reservas internacionais mantêm-se em níveis confortáveis. Com efeito, as reservas internacionais brutas, excluindo grandes projectos, situam-se em níveis suficientes para cobrir cerca de cinco meses de importação de bens e serviços. Rogério Zandamela destacou, de igual modo, que o sector bancário mantém-se sólido, capitalizado e resiliente.

Exemplifica que, em Outubro, os rácios de solvabilidade e de liquidez estavam fixados em 25,8 e 48,6 por cento, respectivamente, acima dos níveis mínimos regulamentares de 12 e 25 por cento. “Por sua vez, os rácios de rendibilidade dos activos e dos capitais próprios mantiveram-se também em níveis satisfatórios, fixando-se em 4,3 e 17,9 por cento, respectivamente”, apontou o governador do Banco de Moçambique.

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