Nampula FIPAG desafiado a encontrar soluções para crise de água Por Jornal Notícias Há 2 meses Criado por Jornal Notícias Há 2 meses 426 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 426 TODOS os anos, no período de escassez de chuva, há crise de água na cidade de Nampula. O cenário é neste momento dramático e enquanto a solução definitiva do problema tarda em chegar a maioria dos munícipes vive uma situação de desespero. O sector das Obras Publicas aponta como solução de momento o abastecimento do recurso de forma alternativa por meio de camiões-sisterna as zonas consideradas críticas. A crise agravou-se, devido a redução dos volumes na albufeira do rio Monapo, que forçou a restrição no fornecimento em diversos bairros, como Muahivire, Central Urbano, Muhala, Namicopo, entre outros. A medida, segundo avançou o Gabinete de Comunicação da empresa Águas da Região Norte (AdRN), visa regular a gestão das bacias da Região Norte, de modo a garantir o fornecimento de água até a próxima época chuvosa. “Estão em curso algumas medidas que visam aumentar o volume de abastecimento, através da operacionalização dos pequenos sistemas localizados no bairro de Natikiri e manutenção e melhoria do sistema do campo de furos de Muatala. A decisão surgiu após um consenso com ARA-Norte, que regula a gestão das bacias a nível da região, para que haja uma gestão criteriosa no fornecimento da água até o início da época chuvosa” disse. Num documento a que o Notícias teve acesso, a Administração Regional das Águas do Norte (ARA-Norte) fez saber que para a gestão criteriosa do recurso na albufeira devido a aproximação da estiagem, foi iniciada a redução dos volumes de água. Ainda de acordo com o mesmo documento, a realização das actividades descritas tem como impacto a alteração e redução do período de fornecimento de água. Outrossim, o FIPAG tem vindo a efectuar investimentos para o fornecimento do abastecimento de água a população, través de pesquisas de novos furos de captação, aumento da capacidade de armazenamento de água, aquisição e instalação dos equipamentos, substituição de condutas obsoletas, entre outros, refere a fonte. Enquanto a chuva não cai, os munícipes que não dispõem de recursos para a instalação de sistemas sustentáveis nos seus quintais recorrem a fontes como poços cavados, com todos os riscos dai decorrentes. Na actual situação, notam-se um pouco por todos ao bairros longas filas, sobretudo nas primeiras horas do dia, de mulheres e criança, a procura do precioso líquido em zonas onde pode ser encontrado, percorrendo, muitas vezes, longas distâncias, com todo o tipo de recipientes de conservação. Porém, os cidadãos que possuem sistemas privados referem que, nos últimos dias, a água tende a escassear, devido a demanda. Em algumas zonas, como Memória e Namicopo, os poços caseiros secaram. Moradores ouvidos pela nossa Reportagem disseram que caso não chova em abundância nos próximos dias, a situação será mais crítica ainda. Jamal Xavier, residente num dos prédios da cidade. Disse ter tomado conhecimento, através dos órgãos de Comunicação Social, que a empresa responsável pelo fornecimento da água já é incapaz de abastecer o recurso com regularidade, devido a redução dos níveis na albufeira do rio Monapo. O entrevistado apelou ao FIPAG a encontrar alternativas sustentáveis para resolver definitivamente o problema que se vive em todos os anos. A crise de água está a afectar severamente algumas unidades sanitárias, como o Centro de Saúde 25 de Junho, por exemplo. Urina e excrementos humanos notam-se nos banheiros do hospital. Segundo contaram alguns pacientes, a pouca água existente é reservada a higiene da maternidade. Os utentes do centro de saúde lamentam a situação e pedem as autoridades que resolvam, definitivamente, o problema de água. Enquanto isso, o director clínico do Hospital Psiquiátrico de Nampula, Rogério Mulumba, assegurou que, apesar das restrições, a unidade sanitária tem procurado gerir de forma racional a água existente, como forma de garantir a higiene dos pacientes. Leia mais… Você pode gostar também Cinquenta mulheres morrem por falta de sangue Crianças de madrassa querem ter ensino público Menor morre arrastado pelas águas do rio Nicutha Autocarros vão a abate ÁGUACriseFIPAG Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Angolanos pedem medidas sustentáveis contra fome Próxima artigo JUÍZA SUGERE: Actos apurados pela CNE devem ser publicitados Artigos que também podes gostar Chuvas agravam falta de saneamento no “Waresta” Há 2 dias MERCADO DE PEIXE: Uma “maré” de sonhos e oportunidades para vida Há 5 dias Novos autocarros para município de Nampula Há 2 semanas Derrube de poste deixa parte de Muahivire sem electricidade Há 2 semanas DEVIDO ÀS VANDALIZAÇÕES: Mais de 23 mil alunos vão estudar ao relento Há 2 semanas Jovem ferido gravemente num acidente de comboio no “Waresta” Há 2 semanas