Quarta-feira, 4 Dezembro, 2024
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MANIFESTAÇÕES: Mais de 700 pessoas impedidas de aceder aos cuidados médicos em Maputo

Por Jornal Notícias
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Quase 800 pacientes não conseguiram aceder aos serviços de saúde na cidade de Maputo durante as manifestações de contestação dos resultados do escrutínio de 09 de Outubro.

A informação foi avançada hoje por Alice de Abreu, vereadora da Saúde e Acção Social no Município de Maputo. Na ocasião, explicou que para os 28 centros de saúde responsáveis pelos cuidados primários, estava prevista a assistência de 3.864 pacientes, no entanto, apenas 3.087 foram atendidos, representando 79 por cento da expectativa. “A diferença de 777 pacientes não compareceu às unidades de saúde, o que impediu a realização de consultas, levantamento de medicamentos e análises clínicas programadas”, disse.

Em relação ao sector de morgues e cemitérios, Alice de Abreu relatou uma redução no número de funerais nos dias 27, 28 e 29 de Novembro, com apenas 23 realizados nesses dias.

Porém, no dia 30 de Novembro, sábado, foi registado um número elevado de funerais, totalizando 53, sendo 33 no Cemitério de Michafutene, cujo número médio está entre 10 e 12 por dia, e 17 no Cemitério de Lhanguene, onde a média é entre seis e oito. “A pressão nos cemitérios reflectiu-se em uma superlotação das morgues da cidade – Hospital Central de Maputo, José Macamo, Mavalane e do Cemitério Municipal de Michafutene, forçando à remoção de corpos para dar espaço a outros”.

Além disso, a vereadora referiu que houve dificuldades na realização de enterros colectivos, conhecidos como “vala comum”, para os corpos não reclamados, o que é feito regularmente.

Apelou aos pacientes que não se dirigiram às unidades de saúde para que o fizessem o quanto antes, a fim de evitar complicações na saúde devido à falta de medicação e acompanhamento médico.

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