Nampula confirma morte por baleamento nas manifestações

O Hospital Central de Nampula (HCN) confirmou, até às 14 horas de hoje um óbito vítima de baleamento, na sequência das manifestações. A vítima, cuja identidade e género não foram relevados, perdeu a vida no bloco operatório, quando os médicos tentavam salvá-la dos ferimentos graves que contraiu.
A maior unidade sanitária da região norte do país também registou a entrada nos serviços de urgências de 16 feridos, todos vítimas de baleamento, dos quais 10 foram internados e quatro tiveram alta.
Falando em conferência de imprensa, o porta-voz do HCN, Isidoro Suleimana, disse que enquanto continuar a aumentar o número de entradas, o hospital poderá ficar sem stock de sangue, sobretudo.
O ambiente na cidade de Nampula esteve agitado, desde as primeiras horas, em diferentes partes, com maior incidência no Mercado Novo, onde os manifestantes colocaram pedras e queimaram pneus na avenida Paulo Samuel Kankhomba, obrigando aos automobilistas a desistirem dos seus destinos.
A Polícia, que em alguns casos até escoltou pacificamente os manifestantes, mas foi obrigada a usar gás lacrimogéneo para desbloquear as estradas, noutros casos.
O comércio abriu de forma tímida nas primeiras horas, mas encerrou logo a seguir quando os manifestantes iniciaram as marchas.
As instituições, embora tivessem aberto ao público, funcionaram a meio gás, com poucos funcionários e poucos cidadãos à procura de diversos serviços.