Quarta-feira, 11 Dezembro, 2024
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COBERTURA DE MANIFESTAÇÕES: Imprensa deve informar com equilíbrio e isenção

Por Jornal Notícias
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A IMPRENSA deve actuar com equilíbrio, rigor e responsabilidade durante a cobertura das manifestações que ocorrem no país, bem como de outros fenómenos de instabilidade política para não favorecer interesses de partes em crise. 

O pensamento foi partilhado pela professora universitária Benilde Matsinhe, em declarações ao “Notícias”. Ela fala também sobre a importância e o poder de influência da comunicação social em contextos de tensão.

A fonte sublinha igualmente que o momento actual do país, marcado por protestos violentos, é muito fértil para a intensificação da desinformação. Por essa razão, entende que o trabalho dos jornalistas deve, mais do que nunca, privilegiar a rigorosa confrontação de dados para o apuramento da verdade, seguindo os princípios da ciência jornalística.

“Devemos garantir muito equilíbrio no que se noticia, principalmente, nos momentos em que vivemos. É fundamental assegurar a fidelização das informações, e o papel do jornalista é de informar baseando-se nesses princípios. Buscar fontes credíveis que não detenham outros interesses na informação que vai dar”, referiu.

Acrescentou que a imprensa deve conservar o seu princípio de imparcialidade para, na cobertura destes acontecimentos, nunca se transformar em parte do problema.

“No processo informativo não podem existir tendências, principalmente pela situação de crise pós-eleitoral em que vivemos. A ‘media’ joga um papel importante, e o seu único posicionamento deve ser a imparcialidade para não confundir o público com o seu grande poder de influência”, expressou.

Por outro olhar, advertiu ainda que o país precisa de extinguir a justificação de existência de interferência externa para cobrir os vários desvios cometidos em Moçambique, sobretudo, quando se fala no respeito pelas liberdades e nos assuntos políticos.  “Existe sempre a ideia de uma mão externa em Moçambique, devemos ultrapassar este fantasma. Este argumento existe em tudo, quer para os direitos humanos, liberdade de expressão, as revoltas. É preciso abstermo-nos desse olhar”, disse.

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