Quinta-feira, 12 Dezembro, 2024
Início » Fraca expansão da internet retarda inclusão digital

Fraca expansão da internet retarda inclusão digital

Por Jornal Notícias
267 Visualizações

Desafios como a lenta implementação dos projectos de expansão da rede de internet, deficiente coordenação inter-institucional e burocracia excessiva estão a minar os esforços tendentes ao aumento da inclusão digital em Moçambique.

Dados estatísticos mais recentes indicam que no país apenas 7.8 milhões de pessoas têm acesso à internet e a penetração da banda larga móvel é de 27 por cento. 

O ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, que prestou a informação, recordou que alguns projectos e expansão da internet decorrem há mais de cinco anos, sem, contudo, influenciar directamente o desenvolvimento de Moçambique, no contexto da economia digital.

Intervindo recentemente, em Maputo, num Business Breakfast organizado pelo Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), visando apresentar o Projecto Internet para Todos (IFA-2030), o ministro explicou que a falta de colaboração inter-institucional resulta na execução isolada dos projectos, em alguns casos com impacto limitado nas comunidades.

“O modelo convencional de negócios e a sua operação não são sustentáveis. O Fundo de Serviço de Acesso Universal (FSAU) é actualmente o único canal para conectividade digital rural”, sublinhou.

Avançou que as operadoras de redes móveis enfrentam igualmente dificuldades em investir em áreas rurais, constituindo barreira para o alcance de comunidades em aldeias isoladas.

Magala referiu que o sector está a promover a conectividade digital, numa altura em que o mundo vivencia a chamada quarta revolução mundial, dominada pelas tecnologias, com destaque para a inteligência artificial.

Por seu turno, Helena Fernandes, Presidente do Conselho de Administração do INCM, avançou que as comunicações tornam-se são cruciais para o funcionamento da economia e sociedade, devido aos benefícios associados à conectividade.

Neste contexto, apontou ser fundamental assegurar as condições de acessibilidade de infra-estrutura de redes e dispositivos e aumentar a capacidade do uso e segurança.

“Para dar um exemplo rápido, o registo de tráfico de telecomunicações de Setembro último revela que mais de 21 milhões de dispositivos trafegaram nas redes de telecomunicações e cerca de um terço foi para aceder à internet”, concluiu.

 Leia mais…

 

 

 

 

Artigos que também podes gostar