Quarta-feira, 11 Dezembro, 2024
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BLOQUEIOS DE ESTRADAS: Importadores apelam a compras antecipadas

Por Jornal Notícias
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A ASSOCIAÇÃO dos Pequenos Importadores Informais – principais fornecedores de produtos de primeira necessidade – apela à tomada de precaução dos clientes face à iminente rotura de produtos no maior mercado abastecedor da Região Metropolitana de Maputo.

A situação preocupa-lhes devido à aproximação da quadra festiva que se tem caracterizado por uma grande procura de produtos alimentares, numa altura de incertezas face a manutenção das manifestações caracterizadas por barricadas nas estradas.

De acordo com o Presidente da Associação, Sudekar Novela, os bloqueios, sobretudo na cidade e província de Maputo, estão a comprometer o normal funcionamento das instituições que viabilizam o comércio.

Aliás, para além de dificultar a circulação de pessoas e mercadorias, os manifestantes destruíram, recentemente, o posto de Polícia e o escritório do municipal que operavam no mercado grossista de Zimpeto.

Explicou que este facto agravou a falta de segurança no local e afectou significativamente as operações diárias, daí o seu apelo, num contexto em que durante os dias de intensos protestos os comerciantes são obrigados a não movimentar mercadorias sob o risco de serem vandalizadas.

ʺAs pessoas devem começar a precaver-se e adquirir os produtos que necessitarão durante este período, pois, não sabemos como os protestos poderão afectar os dias mais cruciais para as compras de fim de anoʺ, advertiu.

A redução do horário de funcionamento do posto fronteiriço de Ressano Garcia, que deveria estar aberto 24 horas por dia para permitir a passagem de camiões, obriga a uma concorrência com os que transportam ferrocrómio da África do Sul, agravando ainda mais a situação quando quase todos saem ao mesmo tempo para evitar os bloqueios.

Além disso, a nova onda de manifestações impõe obrigatoriedade de circulação no horário de limitado, o que interfere directamente no funcionamento do Zimpeto. Normalmente, o mercado abre as 05h00 às 18h00, mas agora, devido aos protestos, fecha às 08h00.

A fonte referiu ainda que este encurtamento do horário de funcionamento impossibilita a descarga de mercadorias e, consequentemente, prejudica a sua venda, particularmente de produtos perecíveis.

Face a este cenário, para muitos importadores, a melhor alternativa tem sido suspender as operações durante este período para evitar constrangimentos que podem resultar na perda de investimentos.

ʺNão faz sentido arriscar trazendo mercadorias agora. Com os bloqueios, os camiões correm o risco, o que representa prejuízos financeiros avultadosʺ, explicou um dos comerciantes que teve os seus produtos quase perecidos durante a viagem.

Reconhecem um impacto no mercado, onde durante os dias das manifestações há pouca afluência de clientes, muitos produtos que antes se escoavam num único dia agora levam vários a serem vendidos, o que aumenta o risco de perdas.

Contudo, os importadores garantem que embora com restrições impostas pelas manifestações, vão continuar a trabalhar para fornecer os produtos na cidade e província de Maputo.

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