Quarta-feira, 11 Dezembro, 2024
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Maputo e Matola ainda epicentro das manifestações

Por Jornal Notícias
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AS cidades de Maputo e Matola continuam a ser o epicentro das manifestações caracterizadas por actos de violência que ocorrem um pouco por todo o país, num alegado protesto contra os resultados das eleições de 9 de Outubro.

Ontem, as duas urbes voltaram a acordar com maior parte das suas vias bloqueadas à circulação normal de viaturas, dificultando o acesso aos locais de trabalho ou outros afazeres.

Para além das duas cidades reportam-se dificuldades para se chegar à vila de Boane, em cuja estrada, a N2, há barricadas em vários troços, impossibilitando o acesso à Matola e Maputo. Há também dificuldades de trânsito na N1, concretamente em Pambara, no distrito de Vilankulo, em Inhambane.

Dados oficiais facultados pela Polícia da República de Moçambique (PRM) indicam que, até segunda-feira, tinham sido registados 239 casos de perturbação grave da ordem pública.

As manifestações, segundo o porta-voz do Comando-Geral, Orlando Mudumane, resultaram no ferimento de 61 pessoas, destruição, com recurso a bombas de fabrico caseiro, de vários edifícios, em destaque para cinco postos policiais, dois tribunais judiciais, depósito de medicamentos, centro de saúde, sede de administração e conservatória do registo e notariado.

Houve igualmente invasão e vandalização de um estabelecimento penitenciário e fogo posto em quatro residências.

Em conexão com as ocorrências criminais foram detidos 87 indivíduos e instaurados 119 processos, tendo sido remetidos ao Ministério Público.

Entretanto, de outras fontes, o “Notícias” soube da invasão de uma bomba de combustíveis no município da Matola, onde manifestantes abasteceram dezenas de veículos sem pagar, para além do ateamento de fogo em autocarros.

Como resultado do bloqueio da N4, as autoridades sul-africanas anunciaram o encerramento da fronteira de Lebombo e desencorajaram a saída de camiões para Moçambique.

“A par dos actos de violência, vandalismo e sabotagem circula muita desinformação nas redes sociais e outras plataformas digitais, com o objectivo de manipular e instrumentalizar as mentes dos cidadãos e fomentar conflitos no país, facto que está a merecer uma profunda investigação”, alertou Orlando Mudumane. A PRM reitera o apelo à não adesão às manifestações que resultam na destruição de infra-estruturas, paralisação de serviços públicos essenciais e bloqueio de fontes de rendimento e sustento de muitas famílias.

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