Ciência, Tecnologia e Ambiente USO DE CARVÃO ECOLÓGICO: Alternativa sustentável em ascensão na Manhiça Por Jornal Notícias Há 14 horas Criado por Jornal Notícias Há 14 horas 163 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 163 EDÍLIA MUNGUAMBE O USO do carvão ecológico produzido através da reutilização de resíduos sólidos como casca de arroz, amendoim, bagaço de coco, papel ou restos de comida está a transformar a consciência ambiental dos moradores do distrito da Manhiça, na província de Maputo. A tendência acompanha a nova dinâmica imprimida pelos residentes que, gradualmente, estão a abandonar o abate de árvores para a extracção da lenha e fabrico de carvão convencional, práticas que causam danos ao ambiente. O carvão ecológico é um biocombustível limpo, económico, não suja panelas e ajuda a poupar dinheiro. Na Manhiça, a produção do mesmo é atribuída a jovens inovadores formados em diversas áreas, que se juntaram para criar a empresa Biomotta-Consultoria e Serviços. Desde o ano passado, os jovens dedicam-se a programas de formação nesta zona residencial para a redução da exploração dos recursos naturais e promoção do empoderamento de mulheres e pessoas portadoras de deficiência. Mais de cem pessoas já foram formadas e passaram a replicar os conhecimentos aos mais próximos, entre amigos, familiares e vizinhos, contribuindo na massificação da utilização deste produto amigo do ambiente. Segundo Eliel Mahamuque, um dos membros da Biomotta, os impactos das mudanças climáticas estão cada vez mais visíveis em vários países, que enfrentam ciclones, inundações e secas. Neste contexto, o uso de energias alternativas aos combustíveis fósseis pode minimizar os efeitos sobre o clima. A escolha do distrito da Manhiça para a implementação do projecto resulta, segundo a fonte, da necessidade de se fazer face ao défice da educação ambiental e do problema de desmatamento. “Notámos que muitos jovens estão desempregados e alguns trabalhavam na Açucareira da Maragra, que se encontra temporariamente encerrada. O nosso projecto constitui uma oportunidade para promover o auto-emprego”, frisou. Explicou que a produção deste tipo de carvão não é algo novo, porque já vem sendo feita por outras associações, mas a diferença ou a inovação está no tipo de matéria-prima usada pela Biomotta. “Nós utilizamos quase todo tipo de resíduos, aproveitamos tudo que é descartado de forma inadequada, podendo futuramente comprometer a saúde pública”, sublinhou. Mahamuque explicou como se pode produzir o biocarvão a partir de três resíduosː casca de amendoim, papel e água. Primeiro, a casca de amendoim passa por um processo de combustão, através da queima controlada e, depois, é misturada com água e papel até aglutinar, gerando uma pasta de cor preta. Já com a massa pronta, é dividida em pequenas quantidades num recipiente, onde assume um formato arredondado. Findo este processo, o carvão é colocado a secar ao sol. Quanto maior for o calor, mais rápida será a secagem. Leia mais… Você pode gostar também Projecto juvenil mitiga impactos ambientais em Quelimane FORMAÇÃO NA INDÚSTRIA EXTRACTIVA: Faculdade de Ciências reduz dependência externa Inusso Ismael é Doutor Honoris Causa Novo Reitor e Vice-Reitor para UJC AMBIENTECARVÃO ECOLÓGICO Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior BLOQUEIOS DE ESTRADAS: Importadores apelam a compras antecipadas Próxima artigo Rap moçambicano descrito em livro Artigos que também podes gostar SpaceX é a “startup” mais valiosa do mundo Há 7 horas NYUSI AOS FORMADORES DO ENSINO TÉCNICO: Transformar institutos em centros de produção Há 19 horas Zuckerberg diz que telemóveis serão substituídos por óculos Há 2 dias Fraca expansão da internet retarda inclusão digital Há 6 dias UEM prorroga prazo de pré-registo para exames de admissão Há 1 semana UEM entre as melhores de África Há 1 semana