DestaqueEditorial EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 4 meses Criado por Jornal Notícias Há 4 meses 407 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 407 A VIOLÊNCIA pós-eleitoral que tende a agudizar-se em vários pontos do país, de há um mês a esta parte, leva o cidadão ao desespero, não sabendo o que lhe vai acontecer no dia seguinte quer em termos de integridade física ou vida, quer em relação ao seu património. Entretanto, a avaliar pelas intervenções do Chefe do Estado, parece haver uma luz no fundo do túnel para resolver a contenda que, para além de matar pessoas, incluindo agentes da Polícia, causa a destruição do tecido económico. Na verdade, nas três regiões do país, com epicentro na cidade e província de Maputo, assiste-se, impunemente, a actos atrozes como assassinatos, assaltos a unidades policiais e roubo de armas, saques a estabelecimentos comerciais, bloqueios de estradas ou coacção do cidadão para se “identificar” com determinada ideologia política. Constitui circunstância agravante o facto de tais condutas serem presenciadas por crianças, o que prejudicará a formação da sua personalidade. Sendo consensual que as manifestações pacíficas são uma das armas que o cidadão tem para demonstrar o seu desalento face às políticas públicas, admitamos, esta não é a forma acertada para exteriorizar tal descontentamento, sobretudo quando o exercício deste direito constitucional interfere na fruição de outros. Dizemos isto porque há muita gente que fica impedida de aceder à assistência médica ou de proporcionar aos seus entes queridos um funeral condigno porque as estradas estão fechadas. Temos também situações de nubentes que se vêem obrigados a celebrar, às 5h30 da manhã, o casamento que muito tempo levaram a preparar ou dos crentes que não realizaram o culto dominical… Entendemos que o Estado tem a responsabilidade de assegurar que o exercício do direito à manifestação aconteça num ambiente de segurança e tranquilidade. Assim, nada justifica que quem se manifesta opte por incentivar a vandalização e pilhagem. Reconhecemos que a actuação da Polícia deve ser ponderada, assegurando um equilíbrio no sentido de evitar excessos, mas sem ser permissivo de mais sob pena de tirar autoridade ao Estado. O impacto da violência irá, seguramente, empurrar mais moçambicanos para o desemprego e pobreza. Não nos vamos referir às consequências da destruição de infra-estruturas; privação dos estudantes de realizarem exames finais; enfermeiros e médicos impedidos de assistirem aos pacientes; ou doentes crónicos que não podem aceder aos medicamentos. O sector privado, por exemplo, estima um impacto negativo da paralisação de actividades em sectores altamente dependentes do fluxo diário de clientes e funcionários como comércio e serviços de reparação, transporte, hotéis, restaurantes, banca e outros serviços financeiros. Outrossim, o Plano Económico e Social de 2024 previa um crescimento do Produto Interno Bruto de 5,5 por cento, todavia, a julgar pelas perdas de receita fiscal e fraca produtividade da economia, tal meta está fora do alcance. Ademais, habitualmente o terceiro trimestre é mais intenso em termos de crescimento, impulsionado por factores sazonais como colheita agrícola e o aumento da actividade industrial. Assim, os moçambicanos, incluindo actores políticos, têm a responsabilidade de promover a paz e concórdia entre compatriotas. Leia mais… Você pode gostar também PGR já ouviu Venâncio Mondlane Chefe do Estado visita zonas afectadas pelo ciclone Chido PR lança projecto de sistema de informação de segurança pública EDITORIAL EDITORIAL Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Ciclone Chido ameaça Cabo Delgado e Nampula Próxima artigo Ciclone Chido atinge país a partir de domingo Artigos que também podes gostar Parlamento debate ENDE 2025/2044 Há 1 hora Sequestradores condenados 30 anos de prisão Há 2 horas Governo defende sistema rodoviário moderno e resiliente Há 3 horas Chefe do Estado visita província Tete Há 4 horas Há mexidas no governo da Zambézia Há 23 horas Chefe do Estado expressa condolências pela morte do Papa Francisco Há 1 dia