Empresário denuncia apreensão de madeira em Dondo

Proprietários de uma empresa de comercialização e exportação de madeira estão preocupados com o silêncio das autoridades florestais da província de Sofala, após a apreensão e venda em hasta pública de 400 metros cúbicos de madeira em touros, avaliada em oito milhões de meticais, sem serem notificados pelo Tribunal Judicial do Distrito de Dondo, na província de Sofala.

De acordo com o administrador da empresa H & J, Silva Mário, que convocou a imprensa, hoje, na cidade de Maputo, para dar a conhecer a inquietação, a apreensão e transporte da mercadoria que se encontrava acondicionada no seu estaleiro em Mafambisse, distrito de Dondo, ocorreu em Setembro do ano passado, mediante um suposto mandado lavrado pelo Tribunal Distrital de Dondo.

A fonte explicou ainda que, para o efeito, uma equipa que integrou a Procuradoria do Distrito de Dondo, Serviço Nacional de Investigação Criminal e Polícia da República de Moçambique deslocou-se, pelas 17 horas de uma sexta-feira, com um mandado de apreensão e transportou, no fim-de-semana, aquela quantidade de madeira chacate preto e pau-preto para lugar desconhecido.

Silva Mário afirmou ainda que contactos subsequentes revelaram a inexistência de um processo em tribunal relativo às buscas e carregamentos da madeira.

Referiu que tem estado a seguir o caso, através dos advogados da firma, mas que não tem avançado por falta do processo, acto que já foi igualmente denunciado ao Gabinete Central de Combate à Corrupção e à Agência Nacional para o Controlo da Qualidade Ambiental (AQUA). “Achamo-nos injustiçados porque as entidades do Estado apropriaram-se da nossa madeira ilegalmente e não temos como reaver a mercadoria”, acusou.

O “Notícias” está a seguir o caso junto da Procuradoria Provincial de Sofala e apresentará mais detalhes nas próximas horas.