Quarta-feira, 25 Dezembro, 2024
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QUADRA FESTIVA: Ressano Garcia “ressurge” com movimento incomum

Por Jornal Notícias
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WALTER MBENHANE

MILHARES de pessoas à espera para entrar em Moçambique e motores de viaturas a roncar caracterizaram a semana de 15 a 22 de Dezembro corrente, no posto de travessia de Ressano Garcia, na província de Maputo.

Os dias 21 e 22 (sábado e domingo), considerados período do pico do movimento migratório, estimando-se cerca de 22 mil viajantes cruzaram as quatro fronteiras. As fronteiras de Goba, Namaacha e Ponta do Ouro também registaram um movimento anormal para aquilo que tem sido o habitual.

O movimento nestes postos fronteiriços acontece dias depois de se verificar sucessivas paralisações devido às manifestações protagonizadas por membros e simpatizantes do partido PODEMOS e o candidato presidencial, Venâncio Mondlane, supostamente em reivindicação do resultado das eleições de 9 de Outubro. No entanto, entre os dois dias, caminhar em Ressano Garcia mostrava-se quase impossível pois vários eram os cidadãos que, a todo custo, pretendiam entrar no país para passar as festas de Natal e de fim-de-ano junto dos familiares e amigos.

O Notícias constou que no terreno era comum ver veículos com problemas mecânicos a avariarem de tanto ficarem na fila com os motores ligados, com as altas temperaturas a ascenderem os 35 graus centígrados. Aliás, a fila era tão longa que se estimava em mais de cinquenta quilómetros a partir da África do Sul até à fronteira de Ressano Garcia.

Havia casos em que os condutores faziam três a quatro faixas de rodagem, numa via preparada para fazer apenas duas. As autoridades migratórias referem que a morosidade no desembaraço de pessoas e mercadoria do lado da fronteira da África do Sul é a principal causa das enchentes. Já em Ressano Garcia, as condições humanas e materiais estavam criadas para atender as pessoas que pretendiam entrar no país, depois de ficarem muito tempo do lado sul-africano.

Há relatos de concidadãos que chegaram na fronteira do lado da África do Sul às 5.00 horas da manhã de sábado, mas que só atravessaram o lado moçambicano depois das catorze horas.

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