Quinta-feira, 24 Abril, 2025
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Manifestantes incendeiam, barricam e saqueiam bens

Por Jornal Notícias
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APÓS a validação dos resultados eleitorais pelo Conselho Constitucional, apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane incendiaram infra-estruturas públicas e privadas, impediram a circulação de veículos e saquearam diversos bens nos estabelecimentos comerciais em diversos bairros da cidade de Nampula.

Até ao fecho desta edição, grande parte das avenidas e ruas da cidade encontrava-se intransitável, devido às barricadas colocadas em vários pontos, dificultando a circulação de pessoas e bens. Entre as mais afectadas, destacam-se a Avenida do Trabalho, da Unidade, FPLM, Paulo Samuel Kankhomba, a EN13, de acesso ao mercado Waresta, a estrada para Marrere, a Rua Dom Manuel Vieira Pinto, entre outras.

Nesses locais, apenas era permitida a circulação de motorizadas, sob condição de o condutor gritar o nome de Venâncio Mondlane e sua posição no boletim de voto, ou mediante o pagamento de valores que variam entre 20 e 100,00 meticais. A 3.a Esquadra, localizada no bairro de Namicopo, foi vandalizada, assim como o posto policial do Centro Hípico, em Carrupeia, que foi incendiado, juntamente com as viaturas parqueadas no seu recinto.

Outras áreas afectadas incluem os mercados 25 de Junho, conhecido como matadouro, e de Fonseca, bem como o posto administrativo de Muatala e postos de transformação de energia eléctrica, vulgo PT, além da vandalização de postes de média e baixa tensão. Em Namicopo, especialmente nas zonas da Memória e Faina, mercearias de cidadãos estrangeiros que se dedicam à venda de produtos de primeira necessidade foram saqueadas e vandalizadas.

A nossa Reportagem também presenciou a destruição e saque do supermercado Shoprite, na zona da Memória, além da destruição das bombas de combustível e da loja PEP ali localizados. A Polícia da República de Moçambique (PRM) disse ao “Notícias” que estava a actuar no terreno para restaurar a ordem e a tranquilidade públicas e que todas as forças haviam sido mobilizadas para diferentes pontos da cidade.

A porta-voz da PRM, Rosa Chaúque, afirmou que mais detalhes seriam divulgados, assim que as condições permitissem. Já o Hospital Central de Nampula preferiu não se pronunciar sobre os pacientes que deram entrada e os atendidos naquela unidade sanitária.

Até ao fecho da presente edição, a situação em muitos bairros era polvorosa. Tiros de armas disparadas pelos agentes da PRM para dispersar manifestantes continuaram a ser ouvidos em  diversos pontos, aumentando o receio de que as festas do Natal para os cristãos, terão lugar em ambiente de sossego,

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