O GOVERNO acaba de criar uma comissão de inquérito para investigar as circunstâncias em que ocorreu a evasão de 1534 reclusos do Estabelecimento Penitenciário Provincial de Maputo (Cadeia Central), e do Estabelecimento Penitenciário de Máxima Segurança da Machava (BO), no município da Matola, província de Maputo.
A informação foi avançada, fim-de-semana, pelo vice-ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Filimão Suazi, após visitar aquela cadeia.
O governante não revelou a composição da comissão de inquérito, mas assegurou que a mesma já está a trabalhar para, posteriormente, apresentar o relatório detalhado sobre a situação.
“Para a averiguação de todos os cenários, já foi constituída uma comissão de inquérito que poderá esclarecer como foi possível a evasão”, disse.
Contudo, afirmou não haver prazos determinados, tanto que o trabalho será feito em função dos primeiros dados que forem indicados e aí já poder-se-á ter mais ou menos a noção do que se passou.
Suazi destacou que a comissão também irá analisar, de forma detalhada, o caso dos reclusos que morreram durante a operação de busca e captura, que se seguiu à evasão.
As autoridades apontam para uma fuga em massa de um total de 1534 reclusos condenado, dos quais 29 terroristas, em resultado de tumultos. Até ao momento, as autoridades apontam para a recaptura de mais de 280 reclusos.
De acordo com o governante, maior parte dos foragidos foi devolvida à prisão pelos seus familiares e outros apresentaram-se às autoridades voluntariamente.
Negou a teoria lançada de que o Governo libertou os reclusos, alegando que se houvesse intenção das autoridades para tal poderia o ter feito sem, no entanto, passar por exercício de destruição massiva como se passou.
De acordo com o responsável, durante a evasão foram incendiadas algumas “instalações tecnicamente chave” dos estabelecimentos penitenciários, entre os quais o sector de controlo penal, processos e computadores, em alguns dos quais foram retiradas unidades de disco rígido.