Quinta-feira, 2 Janeiro, 2025
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Famílias vulneráveis pedem retoma do subsídio social básico

Por Jornal Notícias
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FAMÍLIAS vulneráveis pedem a retoma do pagamento do subsídio social básico, suspenso há cerca de dois anos. Sem este apoio, os beneficiários dizem não ter alternativas para a sua sobrevivência, numa altura em que as manifestações violentas já estão a agravar o custo de vida, devido a escassez de produtos alimentares.

 Os beneficiários consideram que a falta do subsídio aumenta as desigualdades sociais, colocando em risco crianças, idosos e pessoas com deficiência física que dele dependem exclusivamente para a sua sobrevivência.

 De acordo com Afonso Lima, da Associação dos Cegos e Amblíopes de Moçambique (ACAMO), há dois anos que os beneficiários do subsídio social básico não recebem este apoio financeiro concedido pelo Governo  através do Instituto Nacional da Acção Social (INAS).

Lima sublinhou que o subsídio tem sido uma salvação às famílias vulneráveis, que enfrentam pobreza extrema. Indicou que por conta do não pagamento do subsídio, aumentou o número de pessoas que sobrevivem mendigando nas portas dos estabelecimentos comerciais e nas ruas da cidade.

Simone Manuel, residente no bairro de Mutauanha e com problemas de locomoção, disse ter tomado conhecimento de terceiros que o INAS estava sem dinheiro para apoiar os necessitados.

“Dependemos, em parte, desse apoio para comprar comida, embora os valores sejam irrisórios para o actual custo de vida. Por isso, desde que pararam de pagar o subsídio, alguns beneficiários  estão a passar mal”, lamentou Lúcia Manso, mãe de três filhos deficientes.

O delegado do INAS, Assane Juma, disse que não podia pronunciar-se sobre o assunto, uma vez que está a ser gerido a nível central. Confirmou, todavia, que o pagamento do subsídio foi suspenso há sensivelmente dois anos, devido às dificuldades financeiras, facto que também afectou o funcionamento do Instituto Nacional da Acção Social em Nampula.

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