Quinta-feira, 2 Janeiro, 2025
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VANDALIZAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS: Governo garante apoio para recuperar economia

Por Jornal Notícias
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O ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, anunciou sábado em Maputo, que, embora seja prematuro, o próximo governo terá que, irremediavelmente, encontrar mecanismos para apoiar a actividade comercial e industrial, incluindo fábricas, lojas, grandes superfícies, entre outros, como forma de evitar o caos em Moçambique.

Moreno anunciou o facto minutos após o término de uma visita a cadeia de supermercados Shoprite, no bairro de Hulene, arredores da cidade de Maputo, que também foi alvo de saque e destruição,

“Nós viemos aqui para solidarizarmos com investidores e empresários que estão a perder os seus bens, perceber os planos de recuperação”, disse.

“O governo vai ter que apoiar, mas para este centro comercial específico (Shoprite de Hulene) ficamos simplesmente aterrorizados, o nível de estragos, forma de actuação, saque e destruição. O Shoprite, que é uma grande cadeia de supermercados ficou totalmente destruído. Não fizeram apenas saques de produtos alimentares, também saquearam equipamentos e componentes especializados de refrigeração, comunicação e não é apenas problema de fome é sabotagem “, referiu Moreno.

Acrescentou que o comércio é actividade principal económica, pois os produtos são manufacturados para serem vendidos. Isso significa que o comércio e a cadeia de negócios têm que existir para que a população possa ter acesso aos produtos.

“São investimentos altos. Vocês viram a Shoprite e os estragos que aconteceram, vamos ter que encontrar alguma forma, mas ainda é prematuro pensar em coisas específicas, iremos recomendar ao próximo governo que são necessárias arrojadas para apoiar para que as empresas, lojas, as grandes superfícies que tenham sofrido, possam rapidamente erguer-se”, disse.

A rede comercial em vários pontos do país, foi bastante afectada, particularmente a indústria alimentar. É necessário um plano visando apoiar a recuperação. Para além de grandes empresas, consta que na Avenida das Indústrias as pequenas também não escaparam a fúria de destruição e levará muito tempo para que os proprietários possam recuperar tudo o que perderam.

“O mais triste é o que está a acontecer na Matola, onde além do saque de produtos, os manifestantes também destruíram fábricas. Isto é muito mais grave, estamos a cortar a nós próprios a capacidade de rapidamente repor aquilo que é a nossa capacidade de alimentar a população, é um desânimo absoluto e a nossa recomendação é que as pessoas, ponham mão na consciência”, disse o governante.

Referiu que que o desânimo é absoluto na Matola e a recomendação é que os autores destes actos ilícitos ponham mão na consciência.

“Vamos passar momentos muito difíceis, dificuldades sobretudo alimentares para a população. Estamos a destruir fábricas na Matola. Por isso, esperamos momentos difíceis, estamos a destruir incluindo fábricas. Os manifestantes não conseguem pensar no amanhã, isto é um desastre”, disse.

Dados preliminares do país estima-se que cerca de 150 empresas foram vandalizadas pelos manifestantes do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS).

O governo tem fé que algumas seguradoras poderão ajudar empresários.

“Estamos a falar não só de grandes empresas, mas também de pequenas empresas, nós visitamos a Avenida das Indústrias, na zona da Matola há armazéns queimados. (AIM)

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