DestaqueEditorial EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 4 meses Criado por Jornal Notícias Há 4 meses 437 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 437 Hoje é o último dia de 2024, ano em que Moçambique superou várias adversidades, mas também se viu confrontado com importantes desafios, alguns dos quais permanecem, cuja solução demanda o envolvimento e a entrega de todos. Na verdade, o ano iniciou com boas perspectivas, sobretudo no domínio económico, com o Governo e principais organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial a destacarem, para tal optimismo, o esperado impulso da exportação do gás natural, particularmente na Bacia do Rovuma. Internamente, o arranque promissor da economia foi suportado por uma política monetária restritiva do Banco de Moçambique, que teve como resultado a contenção da subida da inflação e estabilidade dos preços, não obstante do lado da política fiscal haver ainda uma preocupação, sobretudo, com o elevado nível de endividamento público. Infelizmente, a onda de raptos, que têm como alvo principal a classe empresarial, marcou pela negativa o ano que hoje termina. Como resultado desta prática criminosa, há relatos de homens de negócios que deixaram o país por conta da insegurança, levando algumas empresas a fechar as portas. A solução deste problema passa pela colaboração efectiva entre o Governo e sector privado. Ainda que em dimensões inferiores face aos anos anteriores, as acções terroristas no norte do país também condicionam, de certa forma, o arranque de alguns dos grandes projectos com potencial de impulsionar a economia. Entretanto, devido à sua localização geográfica e às variações climáticas bruscas, o país voltou, em 2024, a ser assolado por desastres naturais, cuja “face mais visível” foi o ciclone tropical Chido, que, para além de provocar mais de 120 mortes e 687.630 pessoas afectadas, teve impactos significativos na área agrícola ao destruir 116,5 hectares, o que compromete a subsistência de várias famílias. Porque o desafio de reconstrução será prolongado, torna-se necessária uma conjugação de esforços e solidariedade de todos para ajudar a mitigar os efeitos desta calamidade. No dia 9 de Outubro, Moçambique realizou as sétimas eleições presidenciais e legislativas e as quartas das assembleias provinciais e de governador de província. Infelizmente, contrariando a expectativa dos moçambicanos de verem um desfecho pacífico do escrutínio e, consequentemente, o país prosseguir a sua rota rumo ao desenvolvimento, tem-se assistido a manifestações pós-eleitorais violentas que já resultaram em mortes, feridos e destruição. Os protestos, convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados eleitorais anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) e validados pelo Conselho Constitucional (CC), confirmando Daniel Chapo, apoiado pelo partido Frelimo, como Presidente-eleito de Moçambique, têm ainda um saldo de saques a estabelecimentos comerciais de importantes infra-estruturas, fragilizando ainda mais a economia nacional. Ao invés de se cultivar a violência e o ódio, que aumentam a pobreza, torna-se um imperativo a busca da paz, sendo este o desafio que é a todos lançado, incluindo os protagonistas da desordem. Este é também o apelo de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas e União Africana. Por estas e demais razões, pode-se dizer que 2024 foi de conquistas e desafios. Leia mais… Você pode gostar também Três províncias podem estar livres do surto de sarampo Visto electrónico beneficia cinquenta e seis mil pessoas Surto de sarampo atinge outras três províncias Nacional julga crimes de guerra na Serra Leoa EDITORIAL Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Governo garante abastecimento de alimentos Próxima artigo Manuessa Ribeiro eleito presidente da Associação de Futebol de Inhambane Artigos que também podes gostar Governo volta ao Parlamento para defender PQG Há 42 minutos ELEIÇÕES NA CTA: Tribunal manda avançar candidatura de Massingue Há 60 minutos PR abre feira internacional de comércio no Zimbabwe Há 2 horas EDITORIAL Há 2 horas Cobertura dos serviços meteorológicos aumentará para 84 por cento Há 20 horas Chapo promete reabilitação da ponte Dona Ana Há 20 horas