Recreio e Divulgação Daúde Amade vence Prémio Eugénio Lisboa Por Jornal Notícias Há 2 meses Criado por Jornal Notícias Há 2 meses 436 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 436 O escritor moçambicano Daúde Amade é o vencedor da 8.ª edição do Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa. Sob o pseudónimo Jorge Nyembete, Amad concorreu com o romance inédito “Rogilda, ou Breviário de Agonia”. Além de uma componente pecuniária, no valor de 5 mil euros, o Prémio contempla a publicação da obra vencedora sob a chancela da Imprensa Nacional. De acordo com o júri, composto por Lucílio Manjate (Presidente), Sara Jona e Paula Mendes a obra destaca-se pela actualidade da intriga, situada num tempo ambivalente entre o cronológico e o psicológico, o da Covid-19, em Moçambique e no mundo. “Desta escolha, resulta um romance de pendor predominantemente psicológico e imersivo, cuja acção é centrada no espaço de uma casa. Com base neste tempo e espaço, a obra desafia o leitor a rememorar, com coragem, as experiências individuais e colectivas da pandemia, cujas sequelas ainda são visíveis no rosto da humanidade”, considera o júri. Na apreciação do júri, a obra vencedora “destaca-se ainda pela narração, fluida e introspectiva, que se desdobra com recurso à técnica do flashback e na hábil alternância entre a primeira e a segunda pessoa. O investimento numa linguagem poética e plástica é notável. A poeticidade e plasticidade da sua linguagem centram-se, respectivamente, na descrição do mundo interior do protagonista, a partir do qual despontam inspiradoras reflexões filosófico-existenciais, e na evocação intertextual de nomes e obras da literatura e música moçambicana e universal. Resulta destas escolhas um romance polifónico e, ao mesmo tempo, seguro, coeso, que prova que Daúde Nossi Amade detém uma aguçada consciência do labor literário”. Daúde Amade nasceu na cidade de Maputo, em 1993. É professor, escritor e ensaísta, licenciado em Ensino de Filosofia com Habilitações em História pela Universidade Pedagógica, tendo também frequentado a licenciatura em Literatura Moçambicana pela Universidade Eduardo Mondlane. Tem textos publicados em revistas de Arte e Filosofia e em colectâneas nacionais e estrangeiras como: Um Natal experimental e outros contos, vol. 1 e 2 (Gala-gala edições, 2021 e 2022), Ubuntu: Literatura e ancestralidade (Gala-gala edições, 2022), Mazamera sofreu (Editora Kulera, 2023), Crónicas de Yasuke (Editora Kulera, 2024). O Júri deliberou, ainda, atribuir uma menção honrosa ao original Na Boca do Hipopótamo, assinado por Changamire Dombo, pseudónimo do moçambicano Jeremias Macaringue. “Trata-se de um romance que faz jus à crescente aposta na narrativa policial sobretudo pela nova geração de escritores moçambicanos”. O Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa, que visa seleccionar trabalhos inéditos de grande qualidade no domínio da prosa, incentivando desta forma a língua portuguesa e a criação literária moçambicana, foi criado, em 2017, pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), numa parceria com o Camões – Centro Cultural Português em Maputo. Você pode gostar também CHUDE MONDLANE (1958-2024): Cantora deixa legado de luta e resistência DA CONSULTA À GRAMÁTICA: Ele tinha entregue ou entregado a encomenda! Moçambique representado na Bolsa de Turismo de Lisboa Quadro de Van Gogh vendido por 4,5 milhões de euros Daúde AmadePrémio Eugénio Lisboa Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Sociedade Civil condena morte de reclusos Próxima artigo Sasol opera normalmente Artigos que também podes gostar NBC Gás Butano leva “mbira” numa digressão pela Itália Há 2 horas Chale expõe ponte entre as expectativas e a realidade Há 2 horas Poeta Sebastião Alba homenageado em Braga Há 1 dia Homem vomita cobra Há 2 dias A homenagem às mulheres … pelas mulheres das artes Há 2 dias Obras de Malangatana em exposição Há 4 dias