Domingo, 5 Janeiro, 2025
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Jovens detidos na posse de produtos saqueados

Por Jornal Notícias
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ESTÃO detidos na 7ª. Esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Alto da Manga, seis jovens indiciados de saquear diversos bens em várias propriedades privadas, com destaque para residências vandalizadas na sequência dos protestos violentos que marcaram os últimos dias do ano passado.

Os indivíduos são confessos, segundo a Polícia, e foram encontrados na posse de diversos bens, incluindo electrodomésticos – aparelhos de ar condicionado e televisores plasma -, cadeiras, mobiliário e material de construção.

O porta-voz da PRM no Comando Provincial de Sofala, Dércio Chacate, indicou que desde a ocorrência dos factos, nos dias 23 e 24 de Dezembro, a Polícia tem vindo a fazer o seu trabalho no sentido de neutralizar os envolvidos e a recuperar os bens saqueados na posse dos que se aproveitaram da situação para cometerem actos criminais.  

ʺO que vimos naqueles dias foram actos de vandalismo e de confrontação com as autoridades policiais. Os indivíduos aqui apresentados introduziram-se em várias propriedades privadas e retiraram diversos bens. Do trabalho que a PRM realizou foi possível recuperar este material, que será devolvido aos legítimos proprietários, enquanto os detidos serão exemplarmente responsabilizados pela sua conduta criminalʺ, explicou o porta-voz.

Chacate avançou estarem em curso trabalhos destinados a recuperar os bens alheios e apelou a todos que os têm em sua posse para fazerem a devolução voluntária, colaborando com as autoridades.

Entre os detidos está N. José, de 19 anos de idade, que contou estar a contas com a justiça por ter roubado um aparelho de ar condicionado que havia sido saqueado numa residência por um outro indivíduo que o havia guardado numa casa em construção.

Quem também está detido é G. Gervásio, de 23 anos de idade, que explicou ter sido movido pela emoção e ganância quando viu muita gente a invadir uma das residências. Assim, preferiu dar uma pausa ao seu trabalho honesto de moto-taxista para também retirar alguns aparelhos em residências.

 A PRM garantiu que vai continuar a fazer o seu trabalho de manter a ordem e tranquilidade públicas, estando em prontidão para se fazer a qualquer eventualidade criminal que se possa tentar justificar em manifestação ou protesto. A corporação indicou ainda que vai ser intolerante a qualquer acto de violência e vandalização de bens públicos ou privados e “tudo que extrapolar a lei não será permitido”.

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