PolíticaPrimeiro Plano REVERENDO ANASTÁCIO CHEMBEZE: O país deve investir numa governação humanizada Por Jornal Notícias Há 2 dias Criado por Jornal Notícias Há 2 dias 429 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 429 IVETH SITOE O PAÍS acolheu a 9 de Outubro as eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais. Entretanto, desde o anúncio dos resultados, pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), decorrem manifestações violentas em repúdio dos mesmos e exige-se a reposição da verdade eleitoral. Neste contexto, vários actores ligados ao processo reafirmam os seus apelos ao diálogo como única solução para diferendos políticos e caminho para o restabelecimento da tranquilidade e segurança pública. O reverendo Anastácio Chembeze concedeu uma entrevista ao “Notícias” na qual fala sobre o actual ambiente político no país. Conhecedor dos processos eleitorais, defende um sistema eleitoral em que as autárquicas sejam acopladas às gerais, realizando-se, portanto, num único ciclo. Igualmente é pela integração do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) na Comissão Nacional de Eleições (CNE) para uma gestão processual mais eficiente. Defende que o país deve tomar a decisão de profissionalizar os órgãos eleitorais para evitar a desconfiança, ao mesmo tempo que chama atenção aos actores políticos para honrarem os compromissos que assumem com o seu eleitorado. Fala das manifestações violentas e da responsabilidade a assumir por quem as convoca e recorda que a solução está no diálogo que deve ser permanente e inclusivo. O especialista em Teologia, Paz, Liderança e Governação fala ainda sobre os desafios que Moçambique tem neste campo eleitoral e a sua pertinência para resgatar uma sociedade modesta com dirigentes exemplares. NOTÍCIAS (Not): Como é que o Reverendo olha para os processos eleitorais no país? Anastácio Chembeze (AC): Primeiro devemos entender como é que funcionam os ciclos eleitorais no país, que são uma ferramenta crucial na preparação de todo o processo político. E o ciclo eleitoral começa imediatamente a seguir à tomada de posse dos órgãos eleitos. Por exemplo, quando o Presidente da República, os deputados e os membros das assembleias provinciais e governadores tomam posse, inicia um novo ciclo eleitoral para preparar os próximos pleitos. O que acontece é que muitos actores políticos não têm o domínio dos ciclos eleitorais e iniciam a sua participação quase no fim deste processo, que é a sua inscrição na CNE, participação na campanha e votação. E também temos uma realidade eleitoral muito desfasada, que, na minha opinião, é perturbadora… Not: Por quê perturbadora? AC: Porque em dois anos seguintes temos dois processos de votação: autarquias e gerais. Isso não podia acontecer. Not: Então, como é que os processos eleitorais deveriam funcionar? Foto: S. Manjate Leia mais… Você pode gostar também CO-INFECÇÃO HIV/SIDA E TUBERCULOSE: Unidos pelo amor CAD fora da corrida eleitoral por “irregularidades insanáveis” TELEVISÃO DIGITAL: Pirataria de conteúdos periga sustentabilidade Ordem dos Advogados reflecte sobre eleições e direitos humanos DESTAQUESEleições 2024POLÍTICAREVERENDO ANASTÁCIO CHEMBEZE Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior TAÇA CAF: Black Bulls atrasa-se na luta pelos “quartos” Próxima artigo DONOS DAS ROTAS: Um “Cartel” que enriquece às custas dos “chapeiros” Artigos que também podes gostar Assembleias Provinciais investidas a 20 de Janeiro Há 11 horas EM TETE: Técnicos do STAE reivindicam subsídios Há 11 horas Suicídios por enforcamento assumem contornos alarmantes Há 11 horas Daniel Chapo investido a 15 de Janeiro Há 5 dias Arrancou hoje recenseamento militar Há 5 dias Moçambique fecha mandato no Conselho de Segurança Há 1 semana