Quarta-feira, 8 Janeiro, 2025
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CÁ DA TERRA: Sobre dar uma nova chance

Por Jornal Notícias
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É Sempre assim. Tem que haver uma transição de ano. O nascer do novo ano é também um reassumir da esperança de dias melhores. Não vai ser diferente para o caso de 2025. A única diferença é que a ponta final de 2024 plantou inúmeros desafios que 2025 começa já com níveis de exigência muito altos.

2024 demonstrou que essa coisa de se marcar processos eleitorais e de transição do poder para o fim do ano e início do outro, parece não ser boa coisa.

Tirando os que a coberto das manifestações foram saquear armazéns e estabelecimentos de comércio, a maioria fez tudo com o calendário muito apertado porque em dias muito próximos ainda vigoravam bloqueios às estradas e impedimento a livre circulação de pessoas e bens.

Gente houve ansiosa por viajar que teve que adiar essa pretensão porque não havia garantias de um regresso imaculado.

Enfim, são histórias de um ano que terminou sem glória. Ficou apenas a estória para contar.

Se chegamos até aqui, então não há motivos para não seguirmos em frente, guiados pela esperança de dias melhores. Viver mais com as possibilidades que se nos apresentam. Como disse, os desafios são enormes, começando desde logo com o reorganizar o que está mal, quebrado, dilacerado. O objectivo da paz e prosperidade, como nos outros anos, não deixa de estar mapeado.

Todos os dias que se seguem são importantes para nos empenharmos no alcance dos nossos objectivos, sem egoísmos, imposição de vontades, sem a “ditadura do povo” que parece estar a tornar a nossa Pérola do Índico um destino para esquecer.

Por falar em destinos, vale lembrar que perdemos, neste entretanto, muitos amigos e voltar a conquistar a sua confiança para investirem no nosso país vai ser uma jornada hérculea.

Temos um bem precioso, comum por preservar. A esperança é que em 2025 possamos valorizar cada momento, cada abraço, cada sorriso.

Um novo ano não é para desperdiçar. É a alma, o coração, a esperança. É para ir atrás das oportunidades, do crescimento (em todos os sentidos). Esta é também hora de gratidão, um sentimento muito mais nobre e profundo que é pena que esteja tão esquecido nos corações das pessoas.

É preciso reconhecer os pequenos gestos, algo que alguém fez por nós sem nada querer em troca. Actos praticados em nome do amor e da amizade.
Esta é também uma oportunidade para renovar sonhos, de blindá-los e de nunca desistir quando surgem percalços. O teu e nosso trabalho e a sua missão precisam de resiliência. 

Com astúcia e vontade, devemos criar e recriar novos cenários para tocar a vida para a frente. Basta largar o que não serve, o que atrapalha, o que não precisa de ser carregado.

O início de 2025 acontece num momento claramente novo, de esperança construída pedra-a-pedra de, finalmente, termos a oportunidade de viver, de fazer história. É hora de dizer valeu a pena perseverar, que implicou entrega, empenho e dedicação naquilo que acreditamos.

Enfim, o Ano-Novo já está aí e, apesar de todos termos as nossas expectativas, os nossos desejos e anseios, ninguém sabe como ele será.

É preciso rever planos, traçar novas rotas, reavaliar projectos, refazer caminhos, reorganizar prioridades, buscar outra forma de sociabilidade, para não sucumbirmos às adversidades cruéis e brutais. 
O Ano Novo é isso- dar uma nova chance. Chance de perdoar, de fazer melhor, de fazer mais, dar mais, amar mais, de parar com todas a reticências que marcam o nosso quotidiano colectivo e aproveitar o que quer que venha a acontecer.

Na verdade, afinal estamos sempre a começar qualquer coisa, outra vez. E o novo deve ser sempre melhor, aperfeiçoado, diferente do anterior.

São mais 365 dias, um novo ciclo. São 50 anos de Nação moçambicana por completar, certamente um impulso para não desperdiçar no esforço de todos ganharmos.

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