Em reconstrução 100 mil casas destruídas pelo Chido

O GOVERNO está a prestar assistência na reconstrução de mais de 100 mil casas total ou parcialmente destruídas na sequência da passagem do ciclone tropical Chido nas províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa.

Em paralelo decorre a mobilização de recursos financeiros com vista a uma rápida resposta e restabelecimento dos serviços públicos afectados pelo fenómeno natural.

A informação foi prestada ao “Notícias” pelo porta-voz do Instituto Nacional de Gestão do Risco de Desastres (INGD), Paulo Tomás, no âmbito da avaliação da presente época chuvosa e ciclónica e busca de mecanismos de financiamento para a resposta ao impacto do ciclone, cujo documento foi apresentado na terça-feira ao Conselho de Ministros.

Enquanto se buscam recursos adicionais para a reposição de serviços e infra-estruturas afectados pela calamidade, o Governo está igualmente a capacitar as comunidades para construírem habitações com resiliência necessária para aguentar o embate de futuros eventos climáticos extremos.

Para já, conforme indicou a fonte, o Ministério da Terra e Ambiente, em coordenação com o INGD e a Organização das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (UN-HABITAT), lidera o trabalho de requalificação e reordenamento das áreas afectadas.

O Executivo procura, ainda, assegurar a disponibilidade de sementes e insumos agrícolas para as famílias que perderam os campos, ao mesmo tempo que decorre a elaboração do plano de resposta, que inclui a alocação de material de trabalho para extensionistas e provisão de animais de pequeno porte aos criadores.

Dados definitivos referentes ao impacto do “Chido” apontam para o registo de 118 mortos, mais de 400 mil pessoas assoladas, destruição total de mais de 70 mil habitações, dez sistemas de água, morte de mais de mil animais, entre gado bovino e caprino. O fenómeno climatérico destruiu ainda mais de mil salas de aula nas três províncias atingidas.

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