Recreio e Divulgação Família digitaliza obras de Malangatana Por Jornal Notícias Há 1 mês Criado por Jornal Notícias Há 1 mês 471 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 471 A FAMÍLIA Malangatana tenciona abrir, em 2026, um centro de interpretação digital visando imortalizar o nome daquele que foi (1936-2011) um dos maiores protagonistas da história das artes plásticas no país. A inauguração do centro coincidirá com a celebração dos 90 anos que Malangatana completaria se fosse vivo. O centro vai disponibilizar obras, arquivos e outros materiais em formato electrónico para fazer conhecer a um público vasto o contributo artístico do artista moçambicano, com destaque para a pintura e escultura. A iniciativa foi divulgada recentemente pelo filho do artista plástico Mutxine Ngwenya. Segundo ele, já iniciou a recolha do material que irá compor o acervo histórico e bibliográfico do incontornável ícone da cultura moçambicana. “O centro de documentação estará em Matalana, na província de Maputo, e espera disponibilizar os acervos para os cidadãos de qualquer parte do mundo que queiram conhecer os feitos de Malangatana”, referiu. Mutxine afirmou que a iniciativa é aberta ao público e pediu apoio a entidades singulares ou institucionais para avançar com o projecto e a celebração dos 90 anos de nascimento do artista plástico. O centro abordará um dos mais célebres pintores da história do país. Conhecido por seu trabalho nas áreas da pintura e escultura, é considerado um dos grandes ícones da arte contemporânea africana. Nascido em Matalana, distrito de Marracuene, na província de Maputo, trabalhou como criado e apanhador de bolas antes de ser encorajado a desenhar e a pintar, pelo biólogo Augusto Cabral e, posteriormente, pelo arquitecto Pancho Guedes. O centro mostrará porque o seu talento é reconhecido em várias formas de arte como desenho, aquarela, tapeçaria, cerâmica, gravura, escultura monumental em ferro e em cimento, em murais. Explorará a sua versatilidade, afinal também poeta, cantor, dramaturgo, músico e dançarino. Mostrará como em 1959 expôs pela primeira vez, no salão de Artes Plásticas de Lourenço Marques, hoje Maputo. Depois da Independência de Moçambique (1975), participou de numerosas exposições colectivas dentro e fora do país. Em 1986, realizou uma retrospectiva em Maputo. Na década de 1990, exerceu funções políticas como deputado da Assembleia da República pela bancada da Frelimo e na Assembleia Municipal de Maputo, tendo sido reeleito em 2003. Falará das honras por ele recebidas. Em 1995, por exemplo, recebeu a medalha Nachingwea, pela sua contribuição para a cultura moçambicana e foi investido como Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. Recebeu em 1997 a nomeação “Artista pela Paz”, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e o prémio Príncipe Claus. Foi atribuído o título de “Doutor Honoris Causa” em 2010 pela Universidade de Évora e a condecoração, atribuída pelo governo francês, de “Comendador das Artes e das Letras”. Leia mais… Você pode gostar também Nyusi lamenta morte de Chude Mondlane Indústria extractiva discutida em livro de António Niquice “METAMISERISMO”: Um dueto poético e humanitário Salimo Muhamad luta contra o cancro DIGITALIZAÇÃOMalangatanaOBRAS Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior “Notícias” reconhecido na província de Maputo Próxima artigo Assegurada soberania do país no espaço cibernético Artigos que também podes gostar Olhar Artístico lança mais 30 formados Há 5 dias Chapo promete apoio às indústrias culturais Há 7 dias Moreira Chonguiça actua no Quénia Há 1 semana Craveirinha, a negação da desmemória Há 1 semana “MADJONI-DJONI”: Fotografia e arte exploram migração Há 1 semana Taibo Bacar vestiu actriz britânica nos Globos de Ouro Há 1 semana