Sexta-feira, 10 Janeiro, 2025
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Sensibilização continua incapaz de travar a violência

Por Jornal Notícias
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ALBERTO ZUZE

HÁ anos que se multiplicam vozes de desencorajamento da violência contra a mulher  no país. No entanto, o crime tende a recrudescer  tomando proporções alarmantes.

Por exemplo, de 2023 para 2024, os casos de agressão física, sexual, psicológica, uniões prematuras, entre outros crimes conexos aumentaram 13 por cento, na província de Maputo, passando de 2332 para 2629 casos, revelando a necessidade de reforçar as estratégias para a erradicação deste delito, que se supõe devia estar a decair.

Embora a subida de episódios possa revelar o aumento da consciência das vítimas sobre a importância da denúncia, o cenário é preocupante para as autoridades.

E não é para menos. O facto é que, quanto mais as pessoas são maltratadas, elas são menos capazes de contribuir para o desenvolvimento das comunidades onde estão inseridas ou mesmo das suas próprias famílias.

E porque o problema afecta, sobretudo, a mulher e os danos atingem toda a sociedade, as cônjuges dos administradores distritais, presidentes dos conselhos municipais e representantes da sociedade civil, incluindo parceiros estratégicos, liderados pela esposa do governador provincial, Olinda Tule, juntaram-se recentemente para delinear estratégias com vista a minimizar a incidência desta prática.

No encontro, as partes reflectiram sobre como capacitar as famílias a buscarem soluções para as desavenças entre os casais, sem recurso à violência, que, por sinal, só agrava os problemas, invés de resolvê-los.

Outro aspecto que também foi tema de debate é a persistência de uniões prematuras, num contexto em que se luta para a eliminação de infecções sexualmente transmissíveis, gravidezes precoces e desistência escolar, a fim de se alcançar a equidade do género.

Foto: Arquivo

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