Ciclone Dikeledi deixa distritos sem electricidade

PELO menos sete distritos da província de Nampula estão desde ontem sem energia eléctrica da rede nacional, como consequência do ciclone tropical Dikeledi, que assola a região desde domingo.

Dados fornecidos pelo director da Área de Atendimento ao Cliente da Electricidade de Moçambique (EDM), Lodovino Beleza, indicam que ficaram sem corrente eléctrica os distritos de Mossuril, Ilha de Moçambique, Nacala-Porto, Nacala-a-Velha, Nacarôa, Monapo e Memba.

De acordo com a fonte, devido ao fenómeno, a rede de fornecimento de energia a estes distritos registou deficiências de potência, forçando ao corte imediato.

No distrito de Memba, por exemplo, o corte afectou todos os postos administrativos, segundo o respectivo administrador, Manuel Cintura.

Destacou que a região começou a registar chuva torrencial na madrugada de segunda-feira, porém, sem destruir infra-estruturas públicas no distrito.

O administrador disse que a actividade de monitoria do evento e levantamento dos danos está condicionada devido à chuva e ventos com tendências a forte. Adiantou, entretanto, que foram activados 48 comités de gestão local para prestar assistência às vítimas.

Já no distrito de Nacala-Porto, o fenómeno causou alguns estragos, com destaque para o muro do campo de futebol do Clube Ferroviário, para além de habitações, segundo a administradora local, Etelvina Fevereiro.

É neste contexto que o Presidente da República, Filipe Nyusi, apela às populações dos distritos de Memba, Eráti, Nacala-Porto, Nacala-Velha, Monapo, Mossuril, Ilha de Moçambique, Angoche e Moma, na província de Nampula, e Pebane e Gilé, na Zambézia, a abandonarem os locais afectados para evitar males maiores.

Intervindo ontem na investidura dos deputados eleitos a 9 de Outubro, Nyusi aconselhou, ainda, à população a preparar “kits” de emergência compostos essencialmente por comida, medicamentos básicos, água, cobertores, candeeiros e vestuário.

O Chefe do Estado pediu mais atenção com crianças, idosos e mulheres grávidas. Apelou à conservação de documentos de identificação, transferência de pequenas embarcações para locais seguros, desligamento de fontes de energia e evitar atravessar cursos de água.

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