Economia Quando a internet é útil para empreender Por Jornal Notícias Há 3 meses Criado por Jornal Notícias Há 3 meses 1,K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 1,K A INTERNET tornou-se numa ferramenta indispensável para os negócios de jovens em Moçambique, acompanhando a uma tendência global que alia práticas tradicionais de comércio a soluções modernas disponibilizadas pela internet. Erica Jeny Sabino, uma jovem da cidade de Maputo, partilha desta visão e desenvolve o seu negócio baseado na importação de roupas femininas, gerindo uma cadeia que abrange desde a aquisição no estrangeiro até à exposição e venda dos produtos. Com apenas 27 anos, Erica sustenta a loja “Mania de Moda”, situada na cidade de Maputo. O seu empreendimento assenta numa estratégia integrada que combina importação, venda directa e serviços adicionais, proporcionando uma experiência cativante para os seus clientes. O percurso empreendedor começou ainda durante os estudos, quando decidiu vender roupas por encomenda. Contudo, as dificuldades em encontrar emprego após a conclusão da formação académica motivaram-na a enveredar pelo empreendedorismo de forma mais energética. “Comecei a fazer entregas ao domicílio porque percebi que as encomendas, por si só, não geravam os resultados esperados. As pessoas preferiam pagar e receber os produtos de imediato. Isso foi um ponto de viragem”, explicou. Com o aumento das vendas Erica conseguiu reunir os recursos necessários para alugar um espaço e abrir a sua loja física em 2021. O marco consolidou o negócio como também permitiu a ampliação da oferta, com o reforço do stock e a introdução de um serviço que se mostravam oportuno tirar proveito, tornando o espaço mais atractivo para a sua clientela, dominada por mulheres. RESILIÊNCIA FACE A RECORRENTES DESAFIOS A PANDEMIA da Covid-19 constituiu o catalisador para a entrada de Érica no mercado de importações. Durante o período de restrições, a empresária dedicou-se à pesquisa de plataformas e aplicações, tendo identificado meios acessíveis para importar produtos como fatos de banho e blusas bodies. Contudo, rapidamente percebeu que havia uma procura mais significativa por vestuário destinado a eventos, especialmente aos fins-de-semana, devido à cultura de festas e encontros sociais predominante nas cidades de Maputo e Matola. Tal constatação levou-a a ajustar a sua estratégia de negócio, concentrando-se nesse segmento de mercado. No entanto, como ela mesma afirmou, este tipo de negocio a retalho não sobrevive com uma única linha de vendas, por isso a importância dar sempre um acompanhamento de produtos e serviços complementares. Apesar do seu negocio ter nascido numa época desafiantes, imposta inicialmente pelas restrições sanitárias e, mais recentemente, pelas manifestações pós-eleitorais que têm afectado o fluxo comercial, a pequena empresária diz-se resiliente e confiante no futuro. “Fechar não é solução. Estamos a passar por um período difícil, mas acreditamos que grandes resultados surgirão no futuro. Cabe-nos intensificar a inovação para responder a todos os nichos de clientes”, afirmou. Actualmente, Érica encontra-se a estruturar o seu negócio para oferecer um serviço de e-commerce mais completo. Entre os planos está a criação de plataformas que permitam aos clientes encomendar e pagar online de forma cómoda e segura. Para além disso, acrescentou, pretende expandir o alcance das suas entregas, incluindo a cobertura de países vizinhos, com destaque para a África do Sul, que considera ser um mercado ainda por explorar, tendo em conta os pedidos que recebe mas sem satisfazer. Reconhece, contudo, que a falta de facilidades para pequenas importações no país constitui uma das principais barreiras enfrentadas. Contudo, reitera que apesar das dificuldades, o seu negócio tem retorno mas pode ser ainda melhor com um ambiente mais favorável para empreendedores. AUTO-FORMAÇÃO COMO PILAR PARA EMPREENDER Érica sublinha que investir em capacitações foi fundamental para diversificar as áreas de actuação da sua loja, como, por exemplo, a introdução de serviços de manicure, e para dominar processos de importação, especialmente através do uso da internet. “Foi desafiador, mas percebi que aprender e adaptar-me eram as chaves para crescer. Estudei plataformas e identifiquei formas mais eficientes de importar produtos que correspondem às necessidades do meu público”, explicou. Leia mais… Você pode gostar também Perto de 200 jovens lançados ao mercado do trabalho MANIFESTAÇÕES: Empresariado já calculou os danos Cerca de trinta empresas cotadas em bolsa até 2028 Desencorajada venda informal de combustíveis ECONOMIAINTERNET Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior BASQUETEBOL: Nilton Manheira é o novo técnico da Selecção Feminina Próxima artigo EDITORIAL Artigos que também podes gostar China fecha mercado para aviões da Boeing Há 1 dia País será actor relevante na indústria petroquímica Há 1 dia GÁS DO CORAL NORTE: Empresários exigem negócios para nacionais Há 2 dias Governo admite indemnizar operadora aérea euroAtlantic Há 4 dias ALERTA O BANCO DE MOÇAMBIQUE: Aumentam ilegais que captam depósitos Há 4 dias TECHOBANINE: Porto requer 20 milhões de toneladas métricas/ano Há 4 dias