Terça-feira, 21 Janeiro, 2025
Início » Novo Governo deve credibilizar o Estado

Novo Governo deve credibilizar o Estado

Por Jornal Notícias
172 Visualizações

OS membros do Governo, empossados há dias pelo Presidente da República, Daniel Chapo, devem elevar a credibilidade das instituições do Estado, honrar o seu nome e a oportunidade que lhes foi concedida para participarem na melhoria das condições de vida da população.

Igualmente é tarefa dos membros do Executivo trabalhar para não mancharem a imagem do Chefe do Estado, entregando-se afincadamente ao cumprimento da missão legada.

Esta visão foi partilhada pelo Apóstolo Lourenço Matuassa, coordenador da Associação de Pastores e Líderes Evangélicos de Moçambique (APLEMO).

Para além da credibilização das instituições públicas, Lourenço Matuassa aponta a necessidade de se criar um governo mais interactivo e comunicativo com a população.

“O novo executivo deve evitar trabalhar no secretismo. Todos devem saber o que está a decorrer, desde as doações e suas aplicações. Não faz sentido não haver explicações sobre as obras da N1, deve haver responsabilização”, comenta.

Fala ainda da necessidade de o Estado reverter a seu favor as riquezas mineiras e florestais, criando condições para obter pelo menos 60 por cento dos resultados da exploração, com ganhos mais directos para as comunidades que residem nas áreas onde os recursos ocorrem.

“A população deve sentir os ganhos da ocorrência e exploração dos recursos mineiros e florestais. Não faz sentido termos riqueza que só sai do país e os tais parceiros apenas deixam buracos, poeiras e doenças respiratórias para nós”, assinala.

Defende que os jovens, sobretudo, das comunidades onde tais recursos ocorrem sejam os primeiros a ser contemplados, bem como priorizados na contratação da mão-de-obra.

“As licenças de mineração devem ser priorizadas aos nacionais. Com os estrangeiros devemos ter parcerias em que eles trazem equipamento a ser operado por jovens moçambicanos formados em institutos técnico-profissionais. Temos de reverter a tendência de só ter gente de fora a vir ficar com tudo”, explicou.

Lourenço Matuassa frisa que, no sector da Educação, devem ser construídas mais escolas primárias, secundárias e do ensino técnico-profissional para capacitar a maior parte dos jovens, direccionando-os ao saber fazer para que possam facilmente ter inserção no mercado laboral. Enquanto isso, os funcionários públicos devem ser certa e devidamente enquadrados na reforma salarial.

Por outro lado, Matuassa defende que a agricultura deve ser catapultada com maquinaria e avançar para a produção industrial de alimentos para abastecer o país, criando-se celeiros regionais de grande produção e colheira no Norte, centro e Sul. Paralelamente, o Governo precisa de apoiar a criação de empresas agropecuárias e indústrias de processamento de produção para permitir que o país deixe de importar tudo, incluindo tomate, btatata, cebola e repolho dos países da região, sobretudo, da África do Sul.

Leia mais…

Artigos que também podes gostar