OS centros de saúde da Matola-Gare e Matola Santos estão inundados na sequência das chuvas intensas que assolaram a zona sul do país, situação que priva os pacientes de assistência sanitária.
No “Santos”, os cuidados estão a ser prestados na maternidade, enquanto na “Matola-Gare”, a unidade sanitária permanecerá encerrada até que as águas baixem e seja possível o retorno ao local.
Utentes entrevistados pelo “Notícias” relataram a insatisfação diante do cenário a que estão sujeitos e pedem às autoridades competentes providência para reverter a realidade actual.
João Matime, de 57 anos, residente na Matola-Gare, lembrou que, no ano passado, enfrentou o mesmo dilema quando o hospital foi encerrado devido às inundações.
“No ano passado, quatro centros de saúde da Matola foram interditados e éramos atendidos ao ar livre. Prometeram melhorias, mas até hoje nada mudou. A situação das inundações continua”, explicou.
Maria da Graça, 38 anos, também utente, revelou a sua frustração. “É desgastante caminhar na água e ficar exposta a outras doenças, enquanto tentamos cuidar da nossa saúde. É urgente a adopção de medidas”, afirmou.
A directora distrital dos Serviços de Saúde, Mulher e Acção Social da Matola, Amélia Tembe, disse que não houve vítimas ou danos materiais avultados, mas reconheceu que os profissionais trabalham em condições precárias.
“Embora estejamos a atender todos os pacientes na maternidade, sabemos que não é o ideal. Estamos a fazer o melhor para minimizar os efeitos e evitar que haja restrições no atendimento em caso de ocorrência de chuvas”, disse.
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