Quarta-feira, 22 Janeiro, 2025
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Factura de importação de combustíveis dispara

Por Jornal Notícias
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O CUSTO da importação de combustíveis em Moçambique disparou em 2024 para cerca de 1.858 milhões de dólares em apenas nove meses, mais do que os gastos em todo o ano de 2023.

De acordo com um relatório estatístico do Banco de Moçambique com dados de Janeiro até ao final de Setembro de 2024, o custo com a importação de combustíveis pelo país ascendeu a 301 milhões de dólares no primeiro trimestre, subiu para 621,1 milhões de dólares no segundo, e para 935,9 milhões de dólares no terceiro.

Em apenas nove meses o custo com a importação de todo o tipo de combustíveis ascendeu a 1.858 milhões de dólares, mais do que o registado em todo o ano de 2023, 1.417 milhões de dólares, e quase tanto como no ano de 2022: 1.966 milhões de dólares.

Num período afectado pelas consequências económicas da pandemia da Covid-19, Moçambique importou 947 milhões de dólares em combustíveis em todo o ano de 2021 e 542 milhões de dólares em 2020.

O Banco de Moçambique anunciou em Junho de 2023 que iria deixar de comparticipar as facturas de importação de combustíveis do país ao exterior, considerando que os valores já podem ser suportados pelos bancos comerciais.

A comparticipação remonta a 2005 e chegou a ser de 100% depois de 2010, porque havia “grandes montantes, que variavam entre a 10 a 20 milhões de dólares numa só factura”, tornando-as incomportáveis para um banco ou conjunto de bancos suportá-la, explicou na altura Silvina de Abreu, administradora do banco central.

Nos últimos anos, “as facturas são bastante fragmentadas”, às vezes da ordem de “um milhão de dólares ou menos” o que permite que bancos de menor dimensão possam entrar “neste mercado de financiamento para combustíveis”, acrescentou.

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