Quarta-feira, 22 Janeiro, 2025
Início » Reina anarquia nos “chapa”!

Reina anarquia nos “chapa”!

Por Jornal Notícias
226 Visualizações

Fotos: C. Macassa

OPERADORES dos transportes semicolectivos de passageiros de vários corredores da Região Metropolitana do Grande Maputo decidiram ocultar os letreiros e retirar as faixas de identificação para facilitar manobras de desvio e encurtamento de rotas.

Em quase todos corredores reina anarquia e desmandos perpetrados por “chapeiros”, alegadamente em protesto contra o atraso de dois meses no pagamento de subsídios de compensação dos custos de combustível.

A situação é agravada pela ausência dos agentes reguladores de trânsito nas estradas e relaxamento da fiscalização pela Polícia Municipal, na sequência das manifestações violentas que se registam um pouco pelo país.

Na ronda efectuada pelo “Notícias” era possível visualizar veículos sem letreiros no terminal de transportes da Praça dos Combatentes, alguns dos quais com matrículas ocultadas, especialmente na rota Anjo Voador/Praça dos Combatentes.

No corredor Albazine/Guava não havia sequer uma viatura a transportar passageiros para a baixa da cidade. Já na Brigada Montada nenhum “chapa” em circulação tinha indicativo ou faixa que facilita a identificação da rota.

Na paragem João Mateus quem precisa chegar a Mozal é preterido a favor de quem vai à paragem Xidiminguana, em Boane, porque a distância para o primeiro destino é mais longa e a tarifa relativamente mais baixa.

Do Bairro da Liberdade para chegar ao Museu ou Baixa os passageiros estão sujeitos ligações sem fim, que chegam a triplicar os custos das viagens.

Os utentes destes meios relatam que o cenário de desmandos prevalece há pelo menos duas semanas, obrigando-os a pagar o dobro da tarifa normal.

Já os transportadores admitem que a postura infringe as normas, mas justificam o acto ao facto de os preços praticados não compensarem o custo das operações.

A Polícia Municipal na cidade de Maputo, através da sua porta-voz, Arsénia Muiambo, diz desconhecer a ocorrência deste fenómeno. “Vamos destacar agentes no campo para investigar a situação e tomar as devidas medidas”, disse.

As fotos do repórter fotográfico Celso Macassa são reveladoras da realidade condenável que tomou o transporte de passageiros na região.

Leia mais…

Artigos que também podes gostar