Quinta-feira, 23 Janeiro, 2025
Início » Greve não afecta atendimento no HCB

Greve não afecta atendimento no HCB

Por Jornal Notícias
149 Visualizações

O ANÚNCIO da paralisação de actividades na Função Pública em reivindicação do pagamento do 13.º salário não está a afectar o atendimento aos utentes do Hospital Central da Beira (HCB).

O facto foi revelado pelo respectivo director-geral, Nelson Mucopo.

“A nível do nosso hospital o impacto da greve é muito baixo, porque a maior parte dos funcionários está a fazer os seus trabalhos normais. No primeiro dia do anúncio, tivemos uma taxa de absentismo de 2,7 por cento”, revelou o director em conferência de imprensa.

“Estamos a dizer que 41 funcionários, entre técnicos, agentes de serviços e enfermeiros, faltaram ao serviço após o anúncio da greve. Isso não influenciou de maneira alguma o atendimento normal aos nossos doentes”, afirmou.

O responsável disse que os doentes estão a ser atendidos em todos os sectores, incluindo farmácias, nas enfermarias e bloco operatório. “O HCB tem 1649 funcionários; se retirarmos o número de médicos, que são 153, ficamos com cerca de 1486 funcionários, que fazem parte das associações que convocaram esta greve”, apontou.

“Estamos a fazer o levantamento  dos que estão ausentes. Tendo em conta as regras do funcionalismo público, aos colegas serão marcadas faltas e ser-lhes-ão aplicadas as medidas disciplinares previstas no Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado”, afirmou.

A fonte reconheceu que há alguns sectores em que faltou um funcionário, mas são áreas onde trabalham três ou quatro profissionais. “Isso não influencia de maneira alguma as actividades rotineiras do hospital. Mas o risco neste tipo de situações é que, à medida que o tempo passa, algumas pessoas também acabam se envolvendo na causa, e obviamente vai sobrecarregar os colegas que continuam a trabalhar”, indicou.

O dirigente espera que os colegas ponham mão na consciência e saibam que estas actividades no hospital são diferentes de outras instituições. “Nós trabalhamos com vidas humanas. É preciso sermos sensíveis, apesar de reconhecermos os direitos dos colegas que estão a reclamar”, vincou.

Mucopo adiantou que, independentemente das causas que motivam os colegas a não irem trabalhar, é importante perceber que uma unidade sanitária é diferente de outras instituições. “No hospital temos de estar preparados para receber doentes. Reconhecemos as suas reivindicações. Sabemos que são legítimas, mas há maneiras de reclamar sem pôr em causa a saúde das pessoas que vêm à procura dos nossos serviços”, finalizou.

Leia mais…

Artigos que também podes gostar