Página da MulherPrimeiro Plano Crenças culturais minam acesso ao aborto seguro Por Leovigildo Cruz Há 1 mês Criado por Leovigildo Cruz Há 1 mês 1,K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 1,K LEOVIGILDO DA CRUZ O ACESSO ao aborto seguro continua a ser um desafio no país devido à persistência de mitos e barreiras socioculturais que condicionam a liberdade das mulheres de tomarem decisões sobre a sua saúde sexual e reprodutiva. Embora a legislação em vigor permita o aborto em situações específicas como o risco à saúde da mulher e do bebé, casos de violação sexual, muitas não conseguem aceder a estes serviços de forma segura. A falta de informações claras e a pressão social tornam a abordagem sobre o tema um tabu, dificultando o usufruto deste direito. Algumas crenças religiosas predominantes vêem o aborto como pecado, reforçando a vergonha e o estigma associados à interrupção da gravidez. Outrossim, a visão moralista da sociedade influencia a forma como se lida com a questão, criando uma atmosfera de condenação para as que interrompem uma gestação. Com isso, muitas mulheres, principalmente jovens, são privadas de procurar ajuda especializada e acabam enveredando por abortos inseguros, com uso de medicamentos não supervisionados ou métodos tradicionais, com todos os riscos que tal representa. Por outro lado, nas áreas rurais, há acesso limitado a campanhas educativas sobre a saúde reprodutiva e direitos sexuais. A ausência de profissionais qualificados e centros de saúde adequados torna ainda mais difícil o acesso ao aborto seguro. Assim, as mulheres frequentemente recorrem a curandeiros ou tentam métodos caseiros para interromper a gravidez, o que resulta em complicações graves, incluindo a morte. Segundo as autoridades sanitárias, trata-se de uma situação que podia ser revertida se as raparigas recebessem orientações sobre sexualidade e contracepção. Indicam que, como consequência da falta de informação, elas acabam engravidando cedo e, quando não dispõem de condições para manter a gravidez, recorrem a métodos clandestinos. Leia mais… Você pode gostar também ABORDAGEM INOVADORA DO CANCRO: Moçambique volta a ser referência internacional VENDA DE COMIDA NA RUA: Uma saída para muitas mulheres carenciadas LUTERO SIMANGO: Candidato-me a presidente para reformar nosso Estado “Estamos a empoderar a mulher” ABORTI SEGUROCRENÇAS Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior MINISTRA DAS FINANÇAS ADMITE: Gestão da dívida pública é um dos grandes desafios Próxima artigo EM CABO DELGADO: Total volta a condicionar retoma do projecto de gás Artigos que também podes gostar Jornalistas treinados sobre direito à saúde da mulher Há 3 dias LICHINGA: Roubos lesam EDM em 84 milhões de meticais Há 4 dias ESCRITOR BENTO BALOI: Algo mais precisa de ser feito em prol do... Há 7 dias Gueta Chapo mobiliza apoio para bebé com má formação congénita Há 2 semanas Celebra-se hoje Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência Há 2 semanas Aquacultura está a reduzir pressão sobre recursos marinhos Há 2 semanas