Página da MulherPrimeiro Plano Crenças culturais minam acesso ao aborto seguro Por Leovigildo Cruz Há 3 meses Criado por Leovigildo Cruz Há 3 meses 1,2K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 1,2K LEOVIGILDO DA CRUZ O ACESSO ao aborto seguro continua a ser um desafio no país devido à persistência de mitos e barreiras socioculturais que condicionam a liberdade das mulheres de tomarem decisões sobre a sua saúde sexual e reprodutiva. Embora a legislação em vigor permita o aborto em situações específicas como o risco à saúde da mulher e do bebé, casos de violação sexual, muitas não conseguem aceder a estes serviços de forma segura. A falta de informações claras e a pressão social tornam a abordagem sobre o tema um tabu, dificultando o usufruto deste direito. Algumas crenças religiosas predominantes vêem o aborto como pecado, reforçando a vergonha e o estigma associados à interrupção da gravidez. Outrossim, a visão moralista da sociedade influencia a forma como se lida com a questão, criando uma atmosfera de condenação para as que interrompem uma gestação. Com isso, muitas mulheres, principalmente jovens, são privadas de procurar ajuda especializada e acabam enveredando por abortos inseguros, com uso de medicamentos não supervisionados ou métodos tradicionais, com todos os riscos que tal representa. Por outro lado, nas áreas rurais, há acesso limitado a campanhas educativas sobre a saúde reprodutiva e direitos sexuais. A ausência de profissionais qualificados e centros de saúde adequados torna ainda mais difícil o acesso ao aborto seguro. Assim, as mulheres frequentemente recorrem a curandeiros ou tentam métodos caseiros para interromper a gravidez, o que resulta em complicações graves, incluindo a morte. Segundo as autoridades sanitárias, trata-se de uma situação que podia ser revertida se as raparigas recebessem orientações sobre sexualidade e contracepção. Indicam que, como consequência da falta de informação, elas acabam engravidando cedo e, quando não dispõem de condições para manter a gravidez, recorrem a métodos clandestinos. Leia mais… Você pode gostar também ENSINO BILINGUE: Uma alavanca para a aprendizagem VENDEDORAS AMBULANTES: Percorrer quilómetros em busca da sobrevivência Ensino Técnico-Profissional busca equilíbrio de género PEÇA TEATRAL “AS SUBSTITUTAS”: Uma comédia baseada em tragédias ABORTI SEGUROCRENÇAS Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior MINISTRA DAS FINANÇAS ADMITE: Gestão da dívida pública é um dos grandes desafios Próxima artigo EM CABO DELGADO: Total volta a condicionar retoma do projecto de gás Artigos que também podes gostar DICAS SOBRE SAÚDE: Remédios proibidos na amamentação Há 5 dias Elas no empreendedorismo Há 5 dias Acesso universal à energia eléctrica em risco Há 6 dias Gueta Chapo desencoraja violência doméstica Há 1 semana NA VÉSPERA DO 7 DE ABRIL: Frenesim na busca de capulanas na capital Há 2 semanas Governo quer erradicar fecalismo a céu aberto Há 2 semanas