Página da MulherPrimeiro Plano Crenças culturais minam acesso ao aborto seguro Por Leovigildo Cruz Há 12 horas Criado por Leovigildo Cruz Há 12 horas 195 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 195 LEOVIGILDO DA CRUZ O ACESSO ao aborto seguro continua a ser um desafio no país devido à persistência de mitos e barreiras socioculturais que condicionam a liberdade das mulheres de tomarem decisões sobre a sua saúde sexual e reprodutiva. Embora a legislação em vigor permita o aborto em situações específicas como o risco à saúde da mulher e do bebé, casos de violação sexual, muitas não conseguem aceder a estes serviços de forma segura. A falta de informações claras e a pressão social tornam a abordagem sobre o tema um tabu, dificultando o usufruto deste direito. Algumas crenças religiosas predominantes vêem o aborto como pecado, reforçando a vergonha e o estigma associados à interrupção da gravidez. Outrossim, a visão moralista da sociedade influencia a forma como se lida com a questão, criando uma atmosfera de condenação para as que interrompem uma gestação. Com isso, muitas mulheres, principalmente jovens, são privadas de procurar ajuda especializada e acabam enveredando por abortos inseguros, com uso de medicamentos não supervisionados ou métodos tradicionais, com todos os riscos que tal representa. Por outro lado, nas áreas rurais, há acesso limitado a campanhas educativas sobre a saúde reprodutiva e direitos sexuais. A ausência de profissionais qualificados e centros de saúde adequados torna ainda mais difícil o acesso ao aborto seguro. Assim, as mulheres frequentemente recorrem a curandeiros ou tentam métodos caseiros para interromper a gravidez, o que resulta em complicações graves, incluindo a morte. Segundo as autoridades sanitárias, trata-se de uma situação que podia ser revertida se as raparigas recebessem orientações sobre sexualidade e contracepção. Indicam que, como consequência da falta de informação, elas acabam engravidando cedo e, quando não dispõem de condições para manter a gravidez, recorrem a métodos clandestinos. Leia mais… Você pode gostar também EM ZONAS PROPENSAS A CICLONES: INGD quer massificar construção resiliente RESSANO GARCIA: Sobrevivendo à falta de água potável À BUSCA DE AFIRMAÇÃO: Notáveis no transporte de carga e passageiros Comunidades minimizam escassez de salas de aulas ABORTI SEGUROCRENÇAS Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior MINISTRA DAS FINANÇAS ADMITE: Gestão da dívida pública é um dos grandes desafios Próxima artigo EM CABO DELGADO: Total volta a condicionar retoma do projecto de gás Artigos que também podes gostar EM ZONAS PROPENSAS A CICLONES: INGD quer massificar construção resiliente Há 3 dias PROMETE PRESIDENTE DANIEL CHAPO: Moçambique vai reerguer-se e voltar à rota do... Há 4 dias DICAS SOBRE SAÚDE: Saiba como cuidar da sua saúde mental Há 1 semana TERRORISMO EM CABO DELGADO: Vítimas relatam histórias de superação e resiliência Há 1 semana Um ano sem “Baila Maria” Há 1 semana Sensibilização continua incapaz de travar a violência Há 2 semanas