QUE ECLODIU NA TANZANIA: Saúde reforça vigilância contra febre hemorrágica

AS autoridades sanitárias acabam de activar o sistema de alerta contra doenças febris hemorrágicas, após confirmação, a 20 de Janeiro, de dois casos de marburg, enfermidade caracterizada por febre hemorrágica, no Norte da vizinha Tanzania.

Com efeito, o país reforçou a vigilância epidemiológica, laboratorial, medidas de controlo e prevenção das infecções hospitalares e melhoria do maneio de casos da febre hemorrágica.

Esta estratégia visa garantir que o país esteja em prontidão, caso se detectem episódios suspeitos desta doença, altamente letal. Embora a situação seja preocupante, o director-geral do Instituto Nacional de Saúde (INS), Eduardo Samo Gudo, admite que actualmente o risco de ocorrência desta infecção viral no país é considerado baixo. Aliás, a Tanzania, o Centro de Controlo de Doenças em África e a Organização Mundial da Saúde estão a tomar todas as medidas para assegurar a contenção deste surto em Cangel, zona rural onde foi detectado, de modo a tornar ínfimo o risco de dispersão na região e no continente.

Samo Gudo garante que o país tem capacidade laboratorial para testagem de casos suspeitos de febre hemorrágica, incluindo marburg. “Moçambique elaborou um plano de prontidão e resposta à marburg. Assim, estão em curso acções de fortalecimento da vigilância epidemiológica, laboratorial, prontidão clínica, preparação dos profissionais de saúde e das próprias infra-estruturas sanitárias, caso apareçam pacientes com sintomas sugestivos da doença, para além de actividades de comunicação de risco”, detalhou.

A marburg é uma doença viral hemorrágica da mesma família da ébola, com elevada letalidade nos pacientes. Falando da ébola, o director-geral do INS disse que a 30 de Janeiro foi reportado o primeiro caso desta infecção no Uganda, razão pela qual Moçambique está a trabalhar para assegurar que haja prontidão máxima para identificar, conter e responder a qualquer episódio de febre hemorrágica.