Primeiro Plano AUTOMEDICAÇÃO: Utentes não querem saber da receita médica Por Jornal Notícias Há 1 mês Criado por Jornal Notícias Há 1 mês 767 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 767 QUITÉRIA UAMUSSE ALGUNS pacientes tendem a guardar as receitas médicas e a basear-se nelas para adquirir certos fármacos, sobretudo os antibióticos, na esperança de fazer um novo tratamento, porém nem todas as farmácias privadas vendem este tipo de remédio sem a prescrição de um profissional de saúde, o que cria confusões. E ainda que o farmacêutico explique a gravidade do consumo de medicamento sem indicação de um médico, alguns insistem em não querer perceber. Esta é uma experiência vivida pela farmacêutica Carima Algy, que gere a Farmácia Calêndula I, localizada em Maputo. Ela apontou que tem recebido pelo menos 20 utentes por dia que solicitam a dispensa de medicamentos sem receita médica e uma boa parte inclui antibióticos. “Muitos utentes pedem a amoxicila, tanto a simples, como a composta. E quando não a dispensamos por falta de receita passada pelo médico discutem com o técnico, mas nem com isso cedemos à pressão”, relatou. Disse que, no caso da procura de medicamentos de venda livre, como os analgésicos, a destacar o paracetamol e o ibuprofeno, os farmacêuticos têm feito um inquérito ao doente para obter dados pessoais e perceber o que lhe faz pedir determinado fármaco. Com base nas respostas, o profissional determina se o dispensa ou não. Se não for seguro vendê-lo, aconselha-o a procurar ajuda numa unidade sanitária. “A farmácia dispõe de um livro no qual anotamos os medicamentos dispensados e um outro de registo de receita trazidas pelo paciente, livro este que é solicitado pela Autoridade Nacional Reguladora de Medicamentos nas suas inspecções de controlo de venda de fármacos”, explicou. Na sequência, o farmacêutico Januário Halare, da Farmácia Smart, situada também na capital do país, afirmou que o número de pacientes que procura remédios por conta própria chega a ultrapassar os 50. Ele aponta que alguns utentes chegam à farmácia já com o nome do medicamento definido, sobretudo da linha dos analgésicos. “Mas porque alguns requerem controlo, não vendemos sem receita, sobretudo quando se trata de paracetamol codeina”, disse. Por sua vez, o farmacêutico Abílio Manusse, da Farmácia Chiquelene, contou que neste estabelecimento chega a atender até cem pessoas que procuram remédios sem uma receita, alguns dos quais procuram analgésicos e anti-gripes, entre outros remédios para curar problemas mais graves. Reconheceu que as manifestações pós-eleitorais e a paralisação das actividades concorreram para o agravamento deste cenário. Leia mais… Você pode gostar também ENSINO BILINGUE: Uma alavanca para a aprendizagem Comunidades pedem retirada de licença a operador florestal Sem dragagem regular o Porto da Beira não existe VENDA INFORMAL NO VALE DO INFULENE: Um negócio que sustenta famílias AUTOMEDICAÇÃO Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Linha de Ressano fechada devido a descarrilamento Próxima artigo Banco Central diz não haver sinal de escassez de divisas Artigos que também podes gostar “LOVERS ROCK”: Fronteiras dos palcos quebradas para o reggae Há 5 dias ACIDENTES RODOVIÁRIOS: Desafio diário dos alunos na ida e regresso das aulas Há 6 dias LICHINGA: Roubos lesam EDM em 84 milhões de meticais Há 3 semanas ESCRITOR BENTO BALOI: Algo mais precisa de ser feito em prol do... Há 3 semanas Aquacultura está a reduzir pressão sobre recursos marinhos Há 4 semanas Craveirinha, a negação da desmemória Há 1 mês