DestaqueEconomia Fábrica de cimento do Niassa com fraco impacto no preço Por Jornal Notícias Há 2 horas Criado por Jornal Notícias Há 2 horas 198 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 198 CARLOS TEMBE DEPOIS de longos anos de espera, a entrada em funcionamento da fábrica de cimento do Niassa, localizada no distrito de Chimbunila, produziu pouco impacto para os consumidores deste produto do sector da construção civil, nesta região do país. É que os preços praticados continuam quase iguais aos que vinham vigorando antes da mesma indústria entrar em laboração. A implantação do empreendimento inaugurado em meados de Dezembro último, empregando 200 trabalhadores nacionais e 40 expatriados, representou um investimento estimado em 20 milhões de dólares norte americanos através de uma empresa de capitais chineses. A capacidade de produção anual instalada é de cerca de 200 mil toneladas de cimento, sendo que o preço de venda no mercado retalhista é de 550 meticais o saco de cinquenta quilogramas. É este preço que está a gerar um coro de contestações por parte dos consumidores de cimento que consideram não haver justificação para que seja comercializado com uma diferença de apenas 80 meticais, comparativamente com o mesmo produto fabricado nas indústrias localizadas nas cidades de Nacala-Porto e Pemba e que ainda têm custos de transporte para chegar a Lichinga. Tino Jauado, micro empreiteiro baseado na cidade de Lichinga, disse não fazer sentido que uma fábrica que opera a base de matéria-prima explorada na totalidade, na província do Niassa, esteja a praticar preços de venda de cimento equiparados ao produto que vem de províncias que distam cerca de 600 quilómetros. “As matérias-primas usadas para a produção de clínker, nomeadamente pedra de ferro, é explorada nos jazigos localizados no posto administrativo de Maniamba, distrito do Lago. Adicionalmente, o calcário é explorado nos jazigos localizados em Malulu, distrito de Sanga que distam cerca de 70 e 60 quilómetros, respectivamente da localidade de Uti onde se encontra implantada a fábrica de cimento, por isso não faz nenhum sentido que o preço de venda seja especulativo”, lamentou o entrevistado. Acrescentou que o cimento produzido nas fábricas localizadas nas cidades de Nampula e Pemba, esta última na província de Cabo Delgado, chega ao mercado de Lichinga ao custo de 630 meticais porque incluiu despesas relacionadas com frete de camiões para o seu transporte. “Decepção é tudo quanto posso dizer em relação ao meu sentimento sobre a implantação da fábrica Cimento do Niassa, porquanto o preço praticado na venda do seu produto em nada impacta como o esperado nos nossos projectos de construção, sobretudo, de habitações que tanto sonhamos para melhorar qualitativamente as nossas vidas”, lamentou Rosita Amido. Salientou que a sua esperança era que o saco de cimento fosse colocado no circuito da venda ao preço unitário de 450 meticais atendendo vários cenários como seja o custo da energia eléctrica e do gasóleo que as viaturas pesadas da fábrica usam para o transporte de matérias-primas nos distritos do Lago e Sanga. “Conforme disse o membro sénior da gestão da fábrica ela vai produzir clínker para fornecer outras indústrias de cimento no país o que denota que a mesma tem mais alternativas ao cimento e daí não se justifica que o preço esteja acima de quinhentos meticais”, sublinhou a entrevistada. A nossa Reportagem sabe que para os distribuidores de cimento de construção ao nível do Niassa, os gestores da fábrica fixaram o preço de venda em 490 meticais o saco de 50 quilogramas. Contudo, a quantidade mínima que os distribuidores devem adquirir é de 800 sacos o equivalente a capacidade de transporte de um camião articulado de 40 toneladas. O gestor do Armazém Salad Comercial em Lichinga, um estabelecimento comercial vocacionado à venda de material de construção, disse escusando-se a dar a sua identidade, que o acréscimo de 60 meticais no preço que o cimento chega ao comprador a retalho ou seja 550 meticais o saco, serve para compensar as despesas relacionadas com as taxas municipais fixadas aos transportadores que atravessam a cidade de Lichinga e o frete aos operadores rodoviários de carga. 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