DestaqueEditorialSociedade Nacional EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 6 horas Criado por Jornal Notícias Há 6 horas 134 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 134 A venda de 91 por cento das acções do Estado na empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) é, sem dúvida, uma das decisões mais estruturantes tomadas esta semana pelo Governo. É que, no nosso ponto de vista, a importância estratégica da LAM não se resume apenas no facto dela ser empresa maioritariamente detida pelo Estado; vai muito para além disso. Trata-se da única companhia aérea nacional que liga todas as capitais provinciais, assegurando a logística mesmo em casos extremos em que, por exemplo, não haja comunicação via terrestre. Foi assim nos tempos da Covid-19. A LAM possibilitou o transporte rápido e seguro de vacinas para todas as capitais provinciais e nalguns casos recolher amostras colhidas de pacientes suspeitos para Maputo, onde funcionam os laboratórios especializados. A ligação territorial a que nos referimos nem sempre é viável do ponto de vista de rentabilidade operacional, contudo, há que mantê-la para promover a unidade nacional e dinamização da economia. Na sua comunicação, o Governo justifica a venda das acções na LAM com a necessidade de permitir um encaixe financeiro que vai financiar a aquisição de oito aeronaves e outros investimentos no âmbito da reestruturação da empresa, que passará a ser gerida sob modelos empresariais internacionais de compliance e countability. As acções, segundo a decisão do Governo, serão alienadas à Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE), todas participadas maioritariamente pelo Estado. Esta decisão é, quanto a nós, uma engenharia financeira ousada visando a mobilização flexível dos recursos necessários para a revitalização da companhia aérea, que “navegando” no vermelho devido a várias vicissitudes, incluindo dívidas com fornecedores e disfuncionalidades em quase toda a sua cadeia. A decisão tem todo o mérito, contudo, há que fazer-se de tudo para que a tradição lucrativa das três empresas – CFM, HCB e Emose – não só seja mantida, como também repassada para a LAM. Entretanto, para que isso aconteça, exige-se muita prudência dos gestores, por um lado e, por outro, que os potenciais clientes da empresa mudem a forma como olham para esta companhia, honrado tempestivamente as suas obrigações contratuais. De igual modo, não se pode permitir que os anos de prejuízos que a LAM vem acumulando sejam agora transmitidos às três empresas que entram na estrutura accionista da companhia aérea, sob pena de se estar a matar a “galinha dos ovos de ouro”. Outro aspecto importante é que a tradição do bem-servir aos passageiros acumulada pelos CFM que agora se transmita à LAM, ajudando-a a recuperar a confiança do mercado devido, fundamentalmente, à imprevisibilidade dos seus voos. Portanto, a aquisição de aeronaves deve se fazer sentir na pontualidade, comodidade e, acima de tudo, na competitividade das tarifas praticadas. Por fim, esperamos que esta engenharia financeira traga de volta o orgulho de voar nas LAM, como companhia de bandeira que mais do que ligar o país passará também a conectar o mundo com a segurança e comodidade necessárias. Foto: J.Capela Leia mais… Você pode gostar também EDITORIAL Mobilizados 150 milhões para gerir floresta do Miombo Investimento melhora administração da terra Moçambique e Vietname rubricam instrumentos jurídicos Editorial Jornal Noticias Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Repostos trinta sistemas de abastecimento de água destruídos pelo “Freddy” Próxima artigo ÉPOCA CHUVOSA: Há 2500 quilómetros de estradas afectadas Artigos que também podes gostar Áquilasse Manda nomeado Vice-Comandante-Geral da PRM Há 60 minutos Governo garante concluir pagamento do 13⁰ salário até terça-feira Há 2 horas AO BANCO DE MOÇAMBIQUE: Privados remetem provas da falta de divisas no... Há 5 horas Instituições financeiras sancionadas por infracções Há 5 horas ÉPOCA CHUVOSA: Há 2500 quilómetros de estradas afectadas Há 5 horas Chefe do Estado nomeia ministro e conselheiros Há 18 horas