Terça-feira, 11 Fevereiro, 2025
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ALBUFEIRA DE CAHORA BASSA: Nível de armazenamento com ligeira recuperação

Por Jornal Notícias
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O nível de armazenamento da albufeira de Cahora Bassa para a geração de energia tende a recuperar devido à melhoria das afluências verificadas no mês passado.

Com efeito, até ao final de Janeiro, a albufeira estava a 21,7 por cento, com tendência crescente na primeira semana deste mês, contra uma previsão de 19 por cento.  

Assim, a contínua melhoria do armazenamento responde às necessidades energéticas de Moçambique, África do Sul e outros países da região, num contexto adverso, marcado por seca regional desde o ano hidrológico de 2023-24.

De acordo com um comunicado da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), as afluências previstas para Janeiro indicavam para 1100 metros cúbicos por segundo, atendendo ao que se observava naquela altura.

Entretanto, na última semana de Janeiro verificaram-se caudais significativamente positivos e maiores, tendo atingido o pico de cerca de quatro mil metros cúbicos por segundo a 30 de Janeiro, o que melhorou a média de afluências para 1585 metros cúbicos por segundo. Todavia, está muito longe das médias históricas de Janeiro dos últimos 43 anos, que são de 2642 metros cúbicos por segundo.

Neste período, o caudal que resulta da produção de energia  foi essencialmente o turbinado ao ponto de não se ter desviado substancialmente do previsto.

Estas afluências normalmente surgem da combinação das contribuições da própria bacia da Albufeira de Cahora Bassa, água turbinada na barragem de Kariba e de caudais a partir do sistema do rio Kafue, na Zâmbia, que se encontram em restrições de produção hidroenergética.

A maior produtora de energia no país refere que esta crise vem sendo atenuada pelas medidas de gestão hidroenergética em implementação desde 2024.

Tendo em conta as afluências que se verificam nos primeiros dias deste mês e as optimistas previsões de precipitação, a HCB refere que continuará a monitorar a evolução da situação hidrometeorológica da bacia do Zambeze e a operação das barragens a montante, podendo fazer ajustes do plano de exploração em vigor.

Foto: J.Capela

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