Quarta-feira, 19 Fevereiro, 2025
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ONUSIDA apoia produção local de anti-retrovirais

Por Jornal Notícias
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PAULO DA CONCEIÇÃO, em Addis Abeba

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/SIDA (ONUSIDA) reiterou, hoje, o seu apoio à produção local de anti-retrovirais em Moçambique, tanto para tornar este tipo de medicamentos mais baratos, como para gerar mais postos de emprego para jovens.
Esta garantia foi dada esta manhã, em Addis Abeba, Etiópia, ao Presidente da República, Daniel Chapo, pela Subsecretária-Geral das Nações Unidas e Directora Executiva do ONUSIDA, Winnie Byanyima, durante uma audiência à margem da 38ª sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), evento que ainda hoje termina.
Em declarações a jornalistas, Winnie Byanyima, afirmou que no encontro foram discutidos os progressos alcançados no combate ao HIV/SIDA em Moçambique.
“O País fez bastantes progressos reduzindo novas infecções e também o número de mortes por HIV/SIDA, mas o desafio ainda é grande porque Moçambique tem 2.4 milhões de pessoas vivendo com o HIV, dos quais 2 milhões estão em tratamento e 400 mil continuam a carecer de tratamento, num contexto em que se registam, anualmente, cerca de 80 mil novas infecções”, disse.
A Directora Executiva do ONUSIDA considerou haver, portanto, uma necessidade de se realizar um trabalho coordenado para se travar as novas infecções, cujas taxas considerou serem preocupantes.
“Dialogamos sobre como gerir a situação agora, dada a mudança da política dos Estados Unidos da América, num contexto em que o apoio norte-americano reduziu. Há que manter os progressos alcançados por Moçambique”, afirmou.
A fonte explicou ainda que as duas partes manifestaram a sua determinação e cometimento em avançar com uma abordagem colectiva para dialogar com o governo norte-americano sobre a necessidade de “ter uma transição organizada”.
“Não se deve parar o apoio ao país imediatamente, mas sim dar-se tempo para que Moçambique mobilize recursos para lidar com a situação e começar a produzir localmente, tornando, com isso, os medicamentos mais baratos e possibilitando a criação de empregos para os jovens”, frisou.

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