Quinta-feira, 20 Fevereiro, 2025
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CICLONE DIKELEDI: Trezentos mil afectados carecem de apoio urgente

Por Jornal Notícias
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CERCA de trezentas mil pessoas, o correspondente a 80.780 famílias afectadas pelo ciclone Dikeledi nos distritos costeiros da província de Nampula, necessitam de assistência humanitária urgente.

A informação foi partilhada, recentemente, na reunião do Centro Operativo de Emergência (COE) presidida pelo secretário de Estado na província, Plácido Pereira, que pretendia avaliar os trabalhos em curso no apoio aos necessitados.

Até ao momento o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) e parceiros assiste 121.380 pessoas – 34.606 famílias.

Os distritos de Mossuril, Ilha de Moçambique, Mogincual, Monapo, Nacala Porto, Memba, Angoche, Ribáuê, Mecubúri, Lalaua, Eráti, Memba, Malema e Nampula são os mais afectados.

Entretanto, a província tem 161.954 pessoas que precisam de apoio humanitário em bens alimentares como arroz, farinha, feijão, açúcar e sal e não alimentares – rolos plásticos, lonas, “kits” de higiene, baldes e Certeza (purificador de água).

Para além das inundações, algumas estradas que dão acesso aos distritos também correm o risco de interrupção devido à chuva, numa altura em que outras já estão intransitáveis.

Aliás, a Administração Nacional de Estradas (ANE) alertou que o troço Mogovolas-Angoche apresenta várias anomalias, comprometendo os prazos de execução das obras em curso.

O chefe do Departamento de Planificação da ANE em Nampula, Juvêncio Valentim, afirmou que a chuva agravou a situação, porque já havia a destruição de alguns troços pelos ciclones Chido e Dikeledi.

A danificação dos aquedutos e a continuidade da precipitação impedem o transporte de material para a retoma das obras, numa via considerada vital para ambos os distritos.

As obras da estrada Nametil-Angoche estão com 25 por cento de execução. Foi concluído o revestimento e a compactação, enquanto se constroem pontes, aquedutos e outras infra-estruturas.

Reagindo à situação, o secretário de Estado sublinhou a necessidade urgente de retirar, o mais rápido possível, a população que se encontra em zonas de risco de inundações.

Exortou ainda ao INGD a actuar de forma proactiva na assistência humanitária e na sensibilização da população sobre os perigos iminentes e medidas de precaução a adoptar.

Foto: Arquivo

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