Quinta-feira, 20 Fevereiro, 2025
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INUNDAÇÕES URBANAS: Bairros novos e antigos vivem o mesmo drama

Por Jornal Notícias
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ETELVINA DOS SANTOS

CASAS em construção alagadas, residências abandonadas, ruas intransitáveis ou com a mobilidade condicionada é o que se assiste nos novos bairros da Região do Grande Maputo, na sequência das inundações registadas nos últimos anos.

A situação é causada pela queda excessiva de chuvas, aliada à falta de planeamento territorial, bem como o inexistente e/ou deficiente sistema de saneamento.

E assim, vão se desenvolvendo as zonas em expansão como Intaka, Mathlemele, Muhalaze e Nwamatibjana, no município da Matola; 7 de Setembro, na vila de Boane; Ricathla, Guava e Habel Jafar, em Marracuene, com os mesmos problemas dos bairros antigos.

Estes cenários juntam-se aos que já se assistem em Hulene, Maxaquene, Costa do Sol, Magoanine “A”, “B” e “C”, Mahotas, na capital do país; Liberdade, Matola-Gare, Infulene, Machava e Nkobe, ciclicamente afectados pelo efeito das chuvas.

No caso destes antigos, o problema é originado pela saturação do lençol freático e uma série de problemas estruturais como a precariedade das infra-estruturas, a falta de planeamento urbano e a ineficiência dos sistemas de drenagem.

Estes dilemas têm dificultado a vida dos cidadãos desencadeado mortes, feridos, perda de culturas agrícolas diversas, destruição parcial ou total de infra-estruturas públicas e privadas. Trata-se de um fenómeno antigo, conhecido pelas autoridades, mas as soluções demoram a chegar.

Como consequência, regista-se um aumento significativo de doenças predominantes nesta época, como a malária e diarreias, devido a proliferação de insectos, roedores e contacto com resíduos sólidos, tratando-se, assim, de uma questão de saúde pública.

Estimativas indicam que só no primeiro trimestre de 2025, cerca de 248 mil pessoas serão afectadas pelas intempéries na cidade e província de Maputo, com prejuízos materiais avultados e traumas para as famílias.

Foto: Arquivo

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