Quinta-feira, 20 Fevereiro, 2025
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Sobre iluminação pública

Por Jornal Notícias
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Fernando Albino

A ESCURIDÃO é amiga do alheio, pois, é a coberto da noite que os mal intencionados procuram satisfazer os seus intentos. Por isso, clama-se por iluminação pública para desencorajar a prática criminosa e, acima de tudo, aumentar a visibilidade.

Certa vez fui visitar um familiar que há muito não escalava a sua residência, sobretudo, por ter se mudado para um bairro novo, na província de Inhambane. Não sabia das condições que lá encontraria, mas tinha a certeza que havia corrente eléctrica na sede e, por essa via, a probabilidade de ter água potável era maior.

Efectivamente, foi o que encontrei. A empresa provedora deste serviço conseguiu levar o recurso à vila e um fornecedor privado levou água até o local, mas não passou disso.

Chegados à casa, constatei o seguinte: por se tratar de uma zona rural, as famílias têm extensas áreas que servem para implantar a casa, fazer machamba e plantar árvores. Dificilmente se pode ver o limite do espaço entre vizinhos, vendo-se somente caminhos.

Já no período da noite socorrem-se da lanterna do telemóvel para iluminar a via. Pelo tempo que permaneci, me apercebi do quão é importante este recurso para promover o desenvolvimento e, no caso concreto, permitir que as pessoas caminhem em segurança e desenvolvam as suas actividades sem sobressaltos.

Deste modo, uso este espaço para dar a conhecer a quem de direito sobre a importância da provisão deste serviço em todo o país porque sem o mesmo há limitações para desenvolver as actividades.

Sabe-se que ao nível das cidades as caminhadas são arriscadas no período da noite porque nem sequer permitem ver quem vem pela frente, numa altura em que se reportam assaltos até à luz do sol. Há muitos malfeitores à solta com disposição para fazer o mal. Que o digam os que já ficaram desprovidos de seus pertences.

A falta de iluminação pública interfere negativamente na segurança dos alunos e professores que frequentam o curso nocturno, pois, as últimas aulas tendem a não ser produtivas. Pensa-se em como chegar à casa.

Primeiro é a questão do transporte que, na maior parte das vezes, não chega ao destino pretendido, para além da própria escassez. E seguidamente como chegar à casa, depois de desembarcar, uma vez que ao longo do percurso existem malfeitores.

É no período da noite que se nota a fraca presença policial que, muitas vezes, se posiciona em pontos com iluminação para exigir documentação aos estudantes e os demais, enquanto os malfeitores passeiam a sua classe.

Por isso, solicita-se iluminação pública para oferecer alento e segurança aos transeuntes. Para o caso dos alunos, os pais não apanham sono enquanto os filhos não chegam à casa. Ou seja, os pais, na prática, se parecem com estudantes porque só relaxam quando a família está completa.

As autoridades devem ultrapassar a questão das atribuições e competência em relação a provisão deste serviço ao nível dos municípios. Ultrapassada esta questão, os cidadãos saberão a quem exigir satisfação, porque o que se pretende é elevar a qualidade de vida dos cidadãos.

Foto: C. Macassa

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